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O tamarindo (Tamarindus indica L.) é um fruto originário de Madagascar, mas é cultivado em diferentes países, devido sua fácil adaptabilidade e as características sensoriais agridoce da sua polpa. O tamarindo é comumente consumido na forma de polpa congelada ou incorporado na formulação de produtos alimentícios. A partir da industrialização do fruto são gerados resíduos (casca e semente), que possuem em sua composição compostos bioativos de atividade funcional. O presente trabalho teve como objetivo obter extratos ricos em compostos fenólicos da casca de tamarindo, a partir da extração assistida por ultrassom (UAE). Um planejamento experimental de composto central foi aplicado para investigar o efeito da concentração de solvente (30-50-70 %), do tempo (10-20-30 min) e da potência (200-300-400 W) em relação as respostas: rendimento, teor de fenólicos totais e a capacidade antioxidante dos extratos. As respostas de máximo rendimento (9,41 %), TPC (149,66 mg EAG/g), DPP (93,65 µmol TE/g), FRAP (63,21 µmol TE/g) e ABTS (125,05 µmol TE/g) foram influenciadas principalmente pela concentração do solvente etanol. De modo geral, concentrações mais baixas de etanol correspodem aos maiores resultados obtidos, devido a presença de compostos como cantaridina, saponina e galactosil glicerol, que são substâncias de maior afinidade por solventes pouco polares, e que são identificadas na casca de tamarindo. Os resultados obtidos em UAE, quando comparados aos extratos obtidos no método de referência Soxhlet, foram superiores para todas as respostas, exceto para FRAP (85,28 µmol TE/g). Os dados obtidos demonstram que o processo UAE é promissor para a obtenção de extratos ricos em compostos fenólicos com atividade antioxidante, podendo ser aplicado à produtos alimentícios, químicos ou farmacológicos. Estudos mais aprofundados de identificação dos compostos majoritários presentes nos extratos são necessários para confirmar sua aplicação. |
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