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Introdução: Na saúde da criança, muitos avanços ocorreram nas últimas três décadas. Contudo, ainda há marcadas disparidades, com concentração de morbimortalidade em regiões vulneráveis. No Brasil, o estado de Santa Catarina se destaca pelos indicadores de mortalidade infantil. O conhecimento dos fatores relacionados aos bons indicadores de saúde infantil, em estados como Santa Catarina, ganha especial importância para auxiliar na melhoria da saúde das crianças de outras regiões no Brasil.
Objetivo: Identificar as ações exitosas que contribuíram para a saúde das crianças menores de cinco anos de idade, em Santa Catarina, no período de 1982 a 2020.
Método: Pesquisa histórica, com abordagem qualitativa. O estudo vem sendo realizado no estado de Santa Catarina. Os participantes são selecionados através da amostragem não-probabilística “Bola de Neve”. Os dados estão sendo coletados por meio da história oral temática, obtida mediante entrevista semiestruturada. Devido à pandemia de COVID-19, as pesquisadoras têm encontrado dificuldades de aceitação dos potenciais participantes da pesquisa; sendo assim, a coleta de dados continuará até que seja atingido o critério de saturação dos dados. As entrevistas estão sendo gravadas, transcritas, validadas pelos participantes e submetidas à análise de conteúdo, em sua modalidade temática.
Resultados Preliminares: Participaram deste estudo, até o momento, cinco profissionais que atuaram/atuam na gestão da saúde da criança, dos municípios de Florianópolis e Joinville. As entrevistas duraram em média 39 minutos e resultaram em 24 unidades de registros, agrupadas em quatro categorias de análise: Legislação e Implementação de Políticas, Programas e Estratégias; A importância da Atenção Primária na Redução da mortalidade infantil; Mudanças na maternidade; e Do presente ao futuro. Os participantes relataram suas trajetórias na saúde da criança, relacionando as conquistas do estado: à participação de atores sociais da prática na formulação de políticas públicas e programas relativos à criança e à família, com destaque para os programas municipais; ao investimento na atenção primária de qualidade, com enfoque no acompanhamento da criança/mãe/família e na coordenação entre os serviços de saúde; e à humanização da assistência nas maternidades. Ademais, destacaram que a manutenção das conquistas alcançadas pressupõe a busca pela melhoria contínua, inclusive resgatando ações que se enfraqueceram ao longo do tempo.
Conclusão: Em Santa Catarina, os índices de mortalidade infantil mostram-se promissores, estando abaixo do índice nacional. Entretanto, mesmo que tenha ocorrido uma melhora significativa na saúde da criança, é preciso manter os padrões e continuar a melhorar a assistência, ampliando o acesso às unidades de saúde e desenvolvendo ações em prol da saúde infantil. |
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