Abstract:
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INDICADORES DA QUALIDADE DE VIDA NO ESTADO DE SANTA CATARINA
RESUMO
O Brasil, por um lado, é uma das dez maiores economias do mundo contemporâneo (FMI, 2019) possuindo vastos recursos naturais e financeiros para garantir uma boa qualidade de vida a todos seus habitantes. Por outro lado, há uma grande desigualdade na distribuição de renda e riqueza, o que impede que o bem estar social mínimo seja possível à imensa maioria. Em Santa Catarina essa realidade não é muito diferente. Nesse contexto, um índice de qualidade de vida abrangente, que reflita o desenvolvimento econômico, é muito importante, porque nos permite conhecer as condições de vida da população de cada município e pode ser usado como referência para a elaboração de políticas públicas assertivas. O assunto deste trabalho tem como objeto apresentar um índice alternativo ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Verificou-se que apesar de os dois índices abordarem o mesmo tema, o índice de qualidade de vida proposto neste trabalho é mais indicado para a adoção de políticas públicas mais assertivas por ser mais abrangente sem perder a objetividade. No presente trabalho, a ideia principal é calcular um índice que contenha variáveis importantes para medir a qualidade de vida nos 295 municípios do estado de Santa Catarina, as quais são: a) mortalidade da mãe, b) mais de 3 moradores no lar, c) distorção idade-série na escola, d) casos de dengue, e) homicídios por ação policial, f) vulnerabilidade familiar, g) violência contra a mulher, h) acesso à água potável, i) rede de esgoto, j) energia elétrica, k) internet, l) a não gravidez na adolescência, m) o não trabalho infantil e n) a quantidade de bibliotecas disponíveis. Será utilizado principalmente o método quantitativo, principalmente a Análise por Envoltória de Dados (DEA). DEA é uma técnica multivariável para monitoramento de produtividade que estabelece um indicador de avaliação da eficiência da relação insumos/produtos de unidades de decisão, nesse caso os municípios. Em menor medida, será utilizado o método qualitativo, sobretudo a pesquisa bibliográfica. Depois de aplicada a metodologia do DEA, notamos que dentre os vinte melhor ranqueados, 45% são da região oeste, 20% das regiões sul e da grande Florianópolis, 10% da região norte; e apenas 5% da região do Vale do Itajaí .Já entre as últimas vinte colocações, a região do oeste é a mais expressiva, com 50%, seguido com 15% pela região sul, 10% pelas regiões serrana, do Vale do Itajaí e da grande Florianópolis, e apenas 5% da região norte. Este trabalho procurou demonstrar a utilidade de possuir indicadores sociais abrangentes para mensurar a qualidade de vida nos municípios catarinenses com o fim de analisar e implementar políticas públicas de forma mais eficiente. A partir desses resultados podemos concluir que, embora o IDH seja um indicador importante, utilizar o índice de qualidade de vida de 10 dimensões é mais adequado quando se trata de elaborar, implementar, avaliar e comparar políticas públicas de um modo mais eficaz.
REFERÊNCIAS
GONZALEZ, EDUARDO et al. MEASURING QUALITY OF LIFE IN SPANISH MUNICIPALITIES. Oviedo,2014. Disponível em : Acesso em 10 de novembro de 2019.
IBGE. Base de dados disponível em Acesso em 10 de novembro de 2019.
ROMANELLO, MICHELE. O INDICE DE PROGRESSO SOCIAL DOS MUNICIPIOS DE SANTA CATARINA (2010-2017). ANAIS DO XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA 2019. |