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Pela análise da complexidade econômica baseada em Hausmann e Hidalgo (2009) e Hidalgo et al. (2013), foi observado que, até o ano de 2017, as mesorregiões catarinenses do Vale do Itajaí e do Norte poderiam ser consideradas como as mais complexas do estado, enquanto que a mesorregião Serrana a menos complexa. De forma similar, o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) calculado por Moraes, Marin e Vieira (2018) para anos de 2000 e 2010 revelou que os municípios catarinenses que enfrentaram maior privação se localizaram nas mesorregiões Oeste, Serrana e parte da mesorregião Norte, ao passo que os municípios em situação de menor privação se encontravam nas mesorregiões da Grande Florianópolis, do Vale do Itajaí, do Sul e na parte oriente da mesorregião Norte. Esses resultados podem ser compreendidos conforme a trajetória da formação socioeconômica da região, o que, impreterivelmente, condensa fatores como o tipo de colonização, imigração, interação entre os agentes e entre o meio, acumulação de conhecimento e aprendizagem, adaptação contínua, evolução, contexto institucional, entre outros. Assim, em um processo passível de retroalimentação e contínuas modificações, os fatores citados influenciaram os resultados apresentados de pobreza multidimensional e de complexidade econômica e, esses resultados, por sua vez, interferiram na própria construção das bases econômicas do estado e assim sucessivamente até os dias correntes em uma evolução não linear. |
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