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O objetivo deste estudo foi verificar o perfil auditivo e a associação com os fatores psicossociais de idosos de Florianópolis, SC. Trata-se de um estudo longitudinal, populacional e de base domiciliar com idosos residentes na área urbana de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, Brasil, com idade igual ou superior a 60 anos. A linha de base do estudo foi realizada em 2009/10, com seguimento em 2013/14 e 2017/19. Para análise do perfil auditivo foram usadas respostas referentes à percepção da dificuldade auditiva e classificação da mesma. A análise dos dados foram provenientes dos dados 'EpiFloripa: condições de saúde de idosos de Florianópolis'. Participaram da terceira onda do EpiFloripa 1333 idosos, a maioria (63,7%) do sexo feminino, pertencente à faixa etária de 70 a 79 anos (43,7%), com baixa escolaridade (0-8 anos de estudo – 55%) e com distribuição bem semelhante entre os tercis de renda per capita. Com relação ao estilo de vida, observou-se pequena prevalência de idosos fumantes (9,3%), apesar de 31,0% ter relatado ser ex-fumante e 45,6% dos idosos foram considerados sedentários. A maioria dos idosos referiu HAS (59,6%), 25,8% relatou diabetes, 21,7% apresentou suspeita de depressão e a grande maioria (70,8%) referiu necessidade de ajuda para realização de atividades de vida diária (AVD). A prevalência de perda auditiva autorreferida pelos idosos foi de 30,2%. Observou-se maior prevalência entre idosos do sexo masculino (33%), mais longevos (80 anos e mais – 40,7%), escolaridade entre 9 a 11 anos (32,2%) e primeiro tercil de renda (31,0%), destacando-se a associação estatisticamente significativa entre referir perda auditiva e ser do sexo masculino (p≤0,001). Com relação aos fatores biopsicossociais, destaca-se as associações estatisticamente significativas observadas entre perda auditiva referida e HAS, Diabetes, depressão, declínio cognitivo e necessidade de ajuda para realização de AVDs. |
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