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A coleta de dados sobre os efeitos agudos de uma partida simulada de futsal sobre os indicadores de saúde e integridade celular de atletas universitários foi prejudicada por conta da condição sanitária decorrente da pandemia de COVID-19 e suspensão das atividades presenciais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Por essa razão, esse relatório final utilizou apenas os dados transversais de um único momento dos atletas universitários mantendo-se o objeto de estudo e, modificando o delineamento de investigação. A bioimpedância elétrica (BIA) é um dos métodos que estima a qualidade e integridade das células por meio de indicadores de saúde celular. Tais como impedância (Z), reatância (Xc), resistência (R), ângulo de fase (AF), massa celular corporal (MCC), água intracelular (AIC), água extracelular (AEC), água corporal total (ACT), proporções de AEC/AIC e AEC/MCC. Em modalidades como o futsal, há poucas informações sobre como a posição de jogo, carga de treinamento e estado de hidratação podem impactar na saúde e integridade celular, interferindo no rendimento e saúde dos atletas. Portanto, o presente estudo teve como objetivo comparar os indicadores de saúde celular de acordo com a posição de jogo em atletas universitários de futsal. A amostra foi composta por 34 atletas universitários (n=20 do sexo feminino e 14 do sexo masculino). As variáveis dependentes foram os indicadores de saúde celular (AIC, AEC, ACT, AEC/AIC e AEC/MCC, AF, R, Xc, Z e MCC) avaliados pelo método da BIA. A variável independente foi a posição de jogo [goleiro(a), fixo(a), ala e pivô] coletada por meio de questionário autoadministrado. As variáveis de controle foram a idade, o tempo de prática da modalidade, participação em competições por ano e a carga de treino obtidas por meio de aplicação da ficha de anamnese) e a gordura corporal e a massa isenta de gordura e osso foram obtidas por meio da absorciometria por dupla emissão de raios-X. Foi empregada a análise de variância (ANOVA) e covariância (ANCOVA), com teste post-roc de Tukey, para identificar a diferença entre os grupos, com p<0,05. Na análise ajustada, as atletas do sexo feminino da posição fixa apresentaram valores de MCC (31,1 ± 2,1) maiores que as da posição ala (25,8 ± 1,1) (p<0,01). No sexo masculino, os pivôs apresentaram maiores valores de AIC (31,47 ± 0,77) quando comparados aos fixos (25,7 ± 0,8) (p=0,02). Ainda, os goleiros apresentaram maiores valores de ACT (52,7 ± 2,5) em comparação aos alas (42,3 ±1,2) (p=0,03). Concluiu-se que os indicadores de saúde e integridade celular podem variar de acordo com a posição de jogo no futsal. |
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