O recente e significativo desenvolvimento da lógica, em especial a caracterização de sistemas não-clássicos, colocou em xeque tanto a perspectiva até então majoritariamente clássica, como também a própria natureza da lógica. A principal questão colocada aqui é: podemos afirmar que diferentes sistemas lógicos, por vezes mutuamente incompatíveis, oferecem noções de consequência lógica e validade igualmente legítimas? Pluralistas respondem positivamente, e não só toleram o estudo de lógicas alternativas, como também defendem que várias delas podem ser consideradas satisfatórias para determinados domínios, analogamente a como ocorre na física, em que a mecânica newtoniana não é a melhor adequada para corpos celestes, da mesma forma que a relatividade geral não é para fenômenos microscópicos. Ao contrário, monistas sustentam que há apenas uma Única Lógica Verdadeira, seja ela clássica ou não. Apresentamos o pluralismo lógico como guia para tal discussão. Primeiramente oferecemos um panorama do que se entende por lógica atualmente, ao abordar lógicas clássicas, intuicionistas e paraconsistentes. Depois, apresentamos o pluralismo lógico ao destacar seus aspectos mais fundamentais e articulações mais populares.
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Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia.