Ocorrência de microplásticos em ostras Crassostrea gigas

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Ocorrência de microplásticos em ostras Crassostrea gigas

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Bainy, Afonso Celso Dias
dc.contributor.author Brocardo, Giulia de Souza
dc.date.accessioned 2020-10-20T18:49:18Z
dc.date.available 2020-10-20T18:49:18Z
dc.date.issued 2020-10-18
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214045
dc.description.abstract Todo ano pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico são lançadas no ambiente marinho pelo escoamento de água pluvial, pelos ventos, pelas descargas de efluentes, pelos sistemas fluviais e pelo descarte inapropriado do setor pesqueiro. Os plásticos sofrem fragmentação contínua causada por fatores físicos, químicos e bióticos do ambiente gerando microplásticos (MPs) secundários. Os MPs são definidos como partículas menores que 5mm e também podem ser originárias de fontes primárias, quando são propositadamente fabricados nesse tamanho microscópico (ex. plásticos em produtos de beleza). O seu tamanho pequeno faz com que estejam disponíveis para ingestão por diversos organismos marinhos, incluindo bivalves. Os MPs não se degradam rapidamente, podendo ser transferidos para níveis tróficos superiores, incluindo os seres humanos. Logo, é de grande importância monitorar a ocorrência de MPs em bivalves. Entre os bivalves usados em biomonitoramento na costa Sudeste do Brasil e outros lugares do mundo está a ostra Crassostrea gigas (C. gigas). Estas ostras são consideradas organismos-modelo para avaliar impactos antropogênicos, como a poluição marinha, devido a sua alimentação por filtração, que as expõem diretamente aos poluentes na coluna d’água. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de MPs e caracteriza-los segundo a forma, tamanho e composição química em ostras C.gigas em um cultivo em Santo Antônio de Lisboa, localizado na Baía Norte de Santa Catarina. Foi coletada cinco ostras no cultivo de Santo Antônio de Lisboa e foi extraído o tecido mole destas. A digestão do tecido foi realizada com KOH 10% e posteriormente foi realizado uma separação por densidade com o intuito de eliminar materiais que não fossem plásticos. Após a separação as amostras foram filtradas e os filtros foram analisados no microscópio estereoscópico de fluorescência (Olympus BX41) e no microscópio eletrônico de transmissão acoplado a um espectrômetro de energia dispersiva (MEV-EDS). Nas ostras analisadas foram encontradas 42 micropartículas que possivelmente são MPs. As micropartículas apresentaram duas formas diferentes: fibras e fragmentos, entre elas a fibra foi a forma mais prevalente. As fibras podem chegar ao ambiente marinho por meio do processo da lavagem de roupa. Entre estas a cor mais presente foi azul, isto pode ser porque azul é a cor mais utilizada na produção de roupas sintéticas. O tamanho das micropartículas variou de 261,54 a 3066,6 µm. Foi analisado no MEV-EDS 14 dos possíveis MPs e todos apresentaram um pico alto de C, indicando que podem ser plásticos. Com isso, a quantidade de MPs por indivíduo variou de 2-4. No MEV-EDS foi possível caracterizar a composição química dos MPs comparando os picos dos elementos encontrados com outros trabalhos. Encontrou-se quatro tipos possíveis de polímeros, estes sendo: PVC, PET, PP e PS. No MEV-EDS também foi possível evidenciar rachaduras e ranhuras na superfície das partículas por conta da exposição ambiental. Os resultados desse estudo permitiram evidenciar a presença de possíveis MPs nas ostras C. gigas e estes servirão para estudos futuros. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC pt_BR
dc.rights Open Access
dc.subject Poluição pt_BR
dc.subject Microplásticos pt_BR
dc.subject Ostras pt_BR
dc.subject Florianopolis pt_BR
dc.title Ocorrência de microplásticos em ostras Crassostrea gigas pt_BR
dc.type Video pt_BR
dc.contributor.advisor-co Serrano, Miguel Angel Saldaña


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