Preditores do aleitamento materno exclusivo em mulheres com parto em hospital privado sem designação de Amigo da Criança: um estudo de coorte

Abstract

A amamentação exclusiva (AME), essencial para a saúde materno-infantil, pode ter preditores específicos entre as mulheres com parto em maternidades sem a designação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC). Tem-se como objetivo analisar os preditores de AME no alojamento conjunto, e três meses e seis meses após o parto em um hospital privado sem designação da IHAC. Trata-se de um estudo de coorte foi realizado com 330 mães. Os desfechos foram AME no alojamento conjunto (AME AC), e 3 meses (AME3m) e 6 meses (AME6m) no pós-parto. As variáveis independentes foram: sociodemográficas, história gestacional, tipo de parto, características do recém-nascido, fatores relativos ao AM e uso de chupeta. A regressão logística binária foi utilizada para avaliar o impacto das variáveis nos desfechos. Significância estatística foi estabelecida em p<0,05.O único preditor de AME no AC foi a maior duração prévia de AME, com razão de chance de 2,09 e 95% de Intervalo de Confiança (IC) de 1,11 a 3,92, e também foi um preditor do AME 3m (RC =1,59, IC 95% = 1,06-2,37). A dificuldade no AM em algum momento do nascimento aos 3 meses diminuiu a chance de AME3m (RC =0,16, IC 95% = 0,04-0,65) e AME 6m (RC = 0,48, IC95% = 0,25-0,92). O uso de chupeta aos 3 meses diminuiu a chance de AME 3m (RC = 0,07; IC95% = 0,01-0,63) e seu uso no AC diminuiu a chance de AME 6m (RC = 0,44; IC95% = 0,25-0,79). Outros preditores de AME 6m foram o trabalho materno (RC = 0,28; IC95% = 0,13-0,65),realizar algumaprática para aumentar a produção de leite (RC = 0,44; IC95% = 0,18-1,08) e o comprimento ao nascer (RC = 0,78; IC 95 % = 0,67-0,91).O AME é afetado pelotrabalho materno epor sua experiência prévia em AME, bem como dificuldade para amamentar e realização de prática de aumentar a produção de leite. Outros fatores são o uso de chupeta e o comprimento de nascimento da criança.<br>

Abstract : Exclusive breastfeeding (EBF), essential to mother and child health, may have particular predictors among women with delivery in maternities without Baby Friendly Hospital Initiative (BFHI) designation. We aim to To analyze the predictors of EBF in rooming-in, and three months and six months postpartum in a private hospital without BFHI designation. This cohort study was conducted with 330 mothers. The outcomes were EBF in the rooming-in (EBFRi), and 3 months (EBF3m) and 6 months (EBF6m) postpartum. The independent variables were sociodemographics, gestational history, delivery mode, newborn characteristics, BF factors; and the use of pacifiers. Logistic binary regression was used to assess the impact of the variables in the outcomes. Statistical significance was set at p< 0.05.Mother longer previous EBF duration was the unique predictor of EBFRi, with an odds ratio (OR) of 2.09 and a 95% Confidence Interval (CI) of 1.11 to 3.92. It also predicted EBF3m (OR=1.59, 95%CI=1.06-2.37). Difficulty in BF at some point from birth to 3 months decreased the likelihood of EBF3m (OR=0.16, 95%CI=0.04-0.65) and EBF6m (OR=0.48, 95%CI=0.25-0.92). Child use of pacifier at 3 months decreased EBF3m likelihood (OR=0.07, 95%CI=0.01-0.63) and its use in the rooming-in decreased EBF6m likelihood (OR=0.44, 95%CI=0.25-0.79). Other predictors of EBF6m were mother?s work (OR=0.28, 95%CI=0.13-0.65) and practice to increase milk production (OR=0.44, 95%CI=0.18-1.08), and childbirth length (OR=0.78, 95%CI=0.67-0.91). EBF is affected by the mother?s work and previous experience in EBF, as well ashaving difficulty to breastfeed and doing some practice to increase milk production. Child use of pacifier and birth length are other predictor of EBF.