dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
|
dc.contributor.advisor |
Castelan, Daniel Ricardo |
|
dc.contributor.author |
Crema, Gabriella Lenza |
|
dc.date.accessioned |
2020-10-21T21:07:04Z |
|
dc.date.available |
2020-10-21T21:07:04Z |
|
dc.date.issued |
2019 |
|
dc.identifier.other |
363869 |
|
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214564 |
|
dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio Econômico, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, Florianópolis, 2019 |
|
dc.description.abstract |
Esta pesquisa objetivou compreender por que motivos o governo militar de Emílio Médici (1969-1974), estabeleceu acordos e iniciativas de cooperação com os vizinhos regionais do Brasil em que se manifestavam tendências de esquerda, ao mesmo tempo em que empregou um implacável combate ao comunismo no território nacional e uma postura de inflexível oposição a qualquer movimento subversivo na América do Sul. A fim de cumprir este objetivo, buscou-se promover um diálogo da literatura de política externa e política econômica da ditadura militar, e da bibliografia referente à política doméstica e ao pensamento militar do período, com dados retirados de centenas de documentos recentemente desclassificados pela CIA. Neste exercício, buscou-se investigar de que maneiras o comportamento externo brasileiro durante aquele governo pode ser explicado por duas grandes interpretações que aparecem na literatura. A primeira dessas interpretações associa os empreendimentos diplomáticos da gestão Médici à consecução de objetivos econômicos ligados ao Projeto Brasil Potência e à aceleração da acumulação de capital do país. Já a segunda perspectiva atribui aquela política externa à conjuntura internacional da Guerra Fria, destacando a relevância das relações do Brasil com os EUA e a influência da Doutrina de Segurança Nacional (DSN). Analisado tais interpretações, assim como os interesses brasileiros específicos naqueles países sul-americanos sob a influência da esquerda, constatou-se que a política externa de Médici, e, sobretudo sua política regional, foram utilizadas como mecanismos para a obtenção de recursos energéticos e matérias-primas, e como instrumentos em prol da conquista de mercados para o escoamento da produção manufatureira do país, e, portanto, da obtenção de reservas internacionais. Tais elementos haviam sido identificados como imprescindíveis à expansão econômica nacional demandada pelo ufanista projeto de desenvolvimento em curso, concebido no âmago do pensamento militar que deu base ao golpe de 1964. Logo, a aparente contradição que motivou essa pesquisa é explicada na medida em que a divergência de ideologia não era suficiente para se sobrepor aos expressivos ganhos que as negociações e acordos com os países sul-americanos sob a influência da esquerda propiciariam ao Brasil em termos de seu agressivo expansionismo econômico e geopolítico. |
|
dc.description.abstract |
Abstract: This research aimed to understand for what reasons the military government of Emílio Medici (1969-1974), established agreements and initiatives of cooperation with the regional neighbors of Brazil in which left tendencies were manifested, while at the same time employing a relentless fight against communism in the national territory and a position of inflexible opposition to any subversive movement in South America. In order to fulfill this objective, we sought to promote a dialogue of the literature of foreign policy and economic policy of the military dictatorship, and the bibliography referring to domestic politics and military thinking of the period, with data taken from hundreds of documents recently declassified by the CIA. In this exercise, it was sought to investigate how the Brazilian external behavior during that government can be explained by two great interpretations that appear in the literature. The first of these interpretations associates the diplomatic undertakings of the Medici administration with the achievement of economic objectives related to the ?Projeto Brasil Potência? and the acceleration of the capital accumulation of the country. The second perspective attributes this foreign policy to the international conjuncture of the Cold War, highlighting the relevance of Brazil's relations with the US and the influence of the National Security Doctrine (DSN). Analyzing these interpretations, as well as the specific Brazilian interests in those South American countries under the influence of the left, it was verified that the foreign policy of Médici, and especially its regional policy, were used as mechanisms to obtain energy resources and raw materials and as instruments for the conquest of markets for the flow of the country's manufacturing production, and thus for obtaining international reserves. These elements had been identified as indispensable to the national economic expansion demanded by the current development project, which was conceived at the heart of the military thinking that gave rise to the coup of 1964. Thus the apparent contradiction that motivated this research is explained insofar as the divergence of ideology was not enough to override the significant gains that the negotiations and agreements with the South American countries under the influence of the left would propitiate to Brazil in terms of its aggressive economic and geopolitical expansionism. |
en |
dc.format.extent |
221 p.| il., tabs. |
|
dc.language.iso |
por |
|
dc.subject.classification |
Relações internacionais |
|
dc.subject.classification |
Relações internacionais |
|
dc.subject.classification |
Relações internacionais |
|
dc.subject.classification |
Desenvolvimento econômico |
|
dc.title |
A política externa do governo Médici (1969-1974) para os países sul-americanos sob a influência da esquerda |
|
dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
|