The contours of an exploding territory: landscape and technology in contemporary war films

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a paisagem, referida no trabalho como landscape, levando em consideração a construção de seus complexos elementos fílmicos que estão diretamente conectados com a representação de corporealidade, conquista e dominação nos filmes e minisséries que retratam a guerra contemporânea no século vinte e um. Mais especificamente, estarei analisando o papel da landscape em relação à violência e tecnologia em filmes que representam os conflitos no Afeganistão e Iraque. As cinco obras visuais escolhidas foram Lone Survivor (Berg 2013), os documentários Restrepo (Hetherington and Junger 2010) e Korengal (Junger 2014), a minissérie Generation Kill (Simon prod. 2008), e The Wall (Liman 2017). Em cada filme, minha análise ressalta as formas em que a landscape enquadra e realça as questões de conquista, intolerância étnica, e história que fazem parte do gênero do cinema de guerra. Eu argumento que a seleção de imagens e padrões de narrativa destes filmes trazem à tona temas de longa data relacionados à dominação, poder, e descoberta que podem ser encontrados em gêneros cinemáticos americanos como o faroeste e filmes de viagem. Estes assuntos tem um impacto também na iconografia da paisagem americana em relação aos temas da imersão em locais ermos, a fronteira, a memória da terra natal, e o Outro. Landscape e tecnologia determinam o ambiente sensorial dos soldados durante o combate nos filmes, demonstrando a imersão dos mesmos em um mundo que confronta suas noções de controle e superioridade. A intratabilidade do território e a falta de familiaridade com a população e suas habilidades de combate contribuem para a desconstrução da característica de invulnerabilidade dentro do microcosmo masculino dos soldados. Estes desafios podem ser entendidos nos filmes como uma crítica ao imperialismo norte-americano e as ideias de controle e ocupação. As montanhas de Hindu Kush no Afeganistão e os desertos no Iraque são representadas de tal forma que atribuem agência à paisagem. Através de seus terrenos de difícil navegação, a noção de hostilidade é desenvolvida, um fator que se opõe ao próprio contexto de dominação, retratando o ambiente como um elemento ativo nas narrativas.

Abstract: The present research analyzes landscape as a complex cinematic element that is directly linked to the representation of corporeality, conquest, and dominance in films and miniseries that portray contemporary warfare in the twenty-first century. More specifically, I analyze the role of landscape in relation to violence and technology in films that portray the Afghanistan and Iraq conflicts. The five films chosen for this purpose are Lone Survivor (Berg 2013), the documentaries Restrepo (Hetherington and Junger 2010) and Korengal (Junger 2014), the miniseries Generation Kill (Simon prod. 2008), and The Wall (Liman 2017). In each of the films, my analysis foregrounds the way that landscape frames and highlights issues of conquest, ethnic intolerance, and history that are embedded in the war film genre. I argue that the imagery and narrative patterning of these films rehearses long standing themes of dominance, power, and discovery that have found expression in American film genres such as the Western and the road movie, and that have framed the American iconography of landscape around motifs of wilderness, the frontier, the homeland, and the Other. Landscape and technology determine the sensory environment of the soldiers during combat in the films, immersing them in a world that confronts their notions of mastery. The intractability of the territory and the unfamiliarity of its people and their combat skills contribute to the deconstruction of the ethos of invulnerability that is connected to the hyper-male microcosm of the soldiers. These challenges can be read in the films as a criticism of US imperialism and the ideas of control and occupation. The mountains of Hindu Kush in Afghanistan and the deserts in Iraq are portrayed in a way that constructs landscape with an agency of its own. Through their harshness, a sense of hostility is developed which goes against the imposed domination itself, representing the surroundings as an active element in the narratives.