Tradução de histórias do Sul da Nigéria: por uma corsciência da tradução-contação na voz de uma bixa preta transviada no Brasil

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Tradução de histórias do Sul da Nigéria: por uma corsciência da tradução-contação na voz de uma bixa preta transviada no Brasil

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Title: Tradução de histórias do Sul da Nigéria: por uma corsciência da tradução-contação na voz de uma bixa preta transviada no Brasil
Author: Cassilhas, Feibriss Henrique Meneghelli
Abstract: Nesta tese eu conto a minha experiência com o projeto de Tradução de Histórias Contra a Hipocrisia Colonial, elaboro na minha tese a contação de histórias como metodologiade uma tradução corsciente (ELLIS, 2018). O corpus escolhido para desenvolver esta metodologia foi uma seleção de seis contos do antigo Protetorado do Sul da Nigéria escritas em língua inglesa e publicadas em um instituto de antropologia em Londres. Estas histórias foramescritas pelo comissário distrital Elphinstone Dayrell e publicadas em 1910 e 1913. Embora tenham sido publicadas no início do século XX, elas são muito mais antigas, pois provem da tradição oral, tendo sido coletadas e traduzidas por intérpretes da região antes de serem publicadas em dois livros: Folk Stories from Souther Nigeria ? West Africa (1910) e Ikom Stories from Souther Nigeria. Traduzi estas histórias e as contei em português brasileiro ao longo de meu doutorado, dividindo-as em dois momentos que chamei de Sejamos todxs contadorxs de histórias e Contando histórias de ovelhas, corujas e crocodilos. Cada um dessesmomentos correspondendo a um capítulo desta tese e a uma apresentação de aproximadamente uma hora. Nestas apresentações e nestes capítulos, que contam com três histórias cada, apresento as minhas motivações para contá-las e comento a tradução de histórias contadas e temas que as histórias suscitam. Por meio destas histórias, promovo reflexões antirracistas e anticoloniais, ressignificando a maneira como elas são apresentadas nestas duas publicações, e entendendo que muitas dessas histórias são usadas para justificar a violência da colonização. Nomeei estas atividades como traduções de histórias contadas ou contações de histórias traduzidas pois articulo tradução e contação de histórias em minha prática, sendo minhatradução uma contação e a minha contação uma tradução. Enfatizo a minha experiência como tradutora de histórias contadas para pensar na visibilidade da tradução que transpassa a minha subjetividade bixa preta transviada. Com a minha voz, demonstro como uma tradução de histórias contadas é modificada quando é contada e como eu me modifico cada vez que conto uma história traduzida.Abstract: In this thesis, I tell my experience with the Story translation project Against the Colonial Hypocrisies developed along my PHD, which proposes storytelling as a color conscious (ELLIS, 2018) methodology of translation. The corpus chosen to develop this methodology was a selection of six stories from the former Southern Nigeria Protectorate written in English and published in an anthropology institute in London. These stories werewritten by the district commissioner Elphinstone Dayrell and published in 1910 and 1913. Even thought they were published in the beginning of the XX century, they are much older, coming from the oral tradition and were collected and translated by interpreters from the region before they were published in two books: Folk Stories from Southern Nigeria ? West Africa (1910) and Ikom Stories from Southern Nigeria. I have translated these stories and told them in Brazilian Portuguese along my PHD, splitting them in two moments which I called We should all be storytellers and Telling stories of sheep, owls and crocodiles. Each one of those moments correspond to a chapter in this thesis and a presentation that last for about an hour. In thesepresentations and chapters, which contain three stories each, I introduce my motivations to tell them and comment my storytelling translation and the themes that the stories evoke. Through these stories, it promotes antiracist and anticolonial reflections, resignifying the way they arepresented in those two publications, understanding that many of those stories are used to justify the violence of colonization. I named these activities as storytelling translations or translatedstorytelling because I articulate translation and storytelling in my practice, therefore my translation is a storytelling and my storytelling is a translation. I emphasize my experience as a storytelling translator to think the translators visibility which is intertwined with my subjectivity as bixa preta trasnviada (a queer of color identity). I bringing my voice todemonstrate how a storytelling translation is modified in the process and how I am modified each time I tell a translated story.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2019.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215469
Date: 2019


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