dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Marinho, Alcyane |
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dc.contributor.author |
Manfroi, Miraíra Noal |
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dc.date.accessioned |
2020-10-21T21:16:55Z |
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dc.date.available |
2020-10-21T21:16:55Z |
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dc.date.issued |
2019 |
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dc.identifier.other |
368895 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215470 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2019. |
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dc.description.abstract |
O Pantanal - águas, terras, céus, bichos e seres humanos -, constitui-se como bioma, patrimônio da humanidade e reserva da biosfera mundial (Unesco, 2000), mesmo impactado por devastações. O Pantanal, ao qual me refiro, está localizado na região da Serra do Amolar (MS). As crianças vão se apresentando. Traquinas, risonhas, livres e íntimas das belezas, dos desafios e dos perigos que o viver naquelas paragens traz. Ao estar com elas, foram elaboradas três perguntas para o estudo: Quais as concepções de infância na Barra e no Paraguai Mirim? Qual o significado de ser criança nestas comunidades? Quais relações se estabelecem entre crianças, natureza-cultura e brincadeiras? Ao reconhecer as crianças como protagonistas, fui estabelecendo o diálogo das experiências vividas com os estudos efetivados, mergulhada nos campos de pesquisa. O objetivo geral foi gestado: Compreender as concepções, as significações e as singularidades de ser criança na Barra do São Lourenço e no Paraguai Mirim - Pantanal de MS, vislumbrando o brincar com a (e na) natureza, nas expressões corporais e nas linguagens que se querem muitas e livres. O estudo teve caráter qualitativo, se fez por meio de imersões, entre 2017 e 2019. Houve inspiração na dialética e no interpretacionismo, diálogos com a etnografia. O estar no Pantanal se fez na guiança das crianças. Os achados e registros destas experiências se fizeram com: a) observações participantes; b) conversas informais; c) caderno de apontamentos; d) fotografias; e) vídeos; e, f) cartas. Busquei as liberdades de perceber o mundo desconstruindo conceitos e estabelecendo o diálogo da Educação Física com as Ciências Humanas e Sociais. As narrativas, feitas de palavras e imagens, foram a linguagem encontrada para compartilhar as experiências vividas e as preciosidades dos saberes que se ressignificam em fazeres cotidianos e nas tradições orais. As crianças são a continuidade da existência de cada ser e o fortalecimento da cultura ribeirinha. São concebidas, gestadas e recebidas como seres potentes. Aprendem e ensinam. Possuem tempos e espaços para as experiências. Há pertencimento. Nascer e viver no Pantanal aguça os sentidos e convida para liberdades. Há dias em que o vento chama as pipas. Em outros, é o sol que convida para o banho de rio. As goiabas maduras pedem para ser comidas, subir na árvore faz parte. Os peixes lembram os desafios das pescarias. As crianças menores observam as maiores e, quando se sentem confiantes, experimentam novos movimentos. Quem está por perto, pode ajudar. Ou não. Há autonomia. Reconhecem ruídos com ouvidos atentos, têm olhos que enxergam para além do visível, sentem odores e seus significados. As mãos são habilidosas. São perceptivas e intuitivas. Seus corpos são sábios e pulam agilmente entre barrancos e barcos. O Pantanal e suas gentes têm generosidades, mas têm fragilidades e pedem respeito. Estão abertas para compartilhar sabedorias, sabem que precisamos de seus ensinamentos e também querem ter acesso aos nossos conhecimentos. O exercício de pesquisar nestes contextos foi desafiador, incessante e encantador, evidenciando que a proposta pretendida exige estar com a comunidade em mais constantes e mais longos mergulhos.<br> |
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dc.description.abstract |
Abstract: The Pantanal ? water, lands, skies, animals and human beings ? is constituted as a biome ? heritage of humanity and world biosphere reserve (Unesco, 2000), even if being impacted by environmental devastation. The Pantanal, to which I refer, is located in the region of the Serra do Amolar (MS). The children introduce themselves. Pesky, smiling, free and familiar to the beauties, the challenges and dangers that living in there brings to their lives. While being with them, there were elaborated three questions for the study: Which are the conceptions of childhood in Barra and Paraguai Mirim? What is the meaning of being a kid in those communities? Which relations are established between children, nature-culture and plays? Recognizing the children as the protagonists, I established the dialogues of lived experiences with the studies developed, submerged in these research fields. The general objective was gestated: to comprehend the conceptions, the meanings and the singularities of being a child in Barra do São Lourenço and in Paraguai Mirim ? Pantanal from MS, glimpsing the act of playing with the (and at the) nature, the corporal expressions and the languages that want to be many and free. In each staying, new findings. The study had a qualitative character, which was done by immersions, between 2017 and 2019. There was inspiration on the dialectics and interpretation, dialogues with ethnography. Being in Pantanal was possible by the child?s guidance. The findings and registers of these experiences were made by: a) participating observations; b) informal conversations; c) written notes; d) photographs; e) videos and f) letters. I used the freedoms to perceive the world deconstructing concepts and establishing dialogues between Physical Education and Human and Social Sciences. The narratives, made by words and images, were the language found to share the lived experiences and the precious knowledges that are ressignificated in daily activities and in oral traditions. The children are the continuity of the existence of each being and the fortification of the riparian culture. They are conceived, gestated and received as powerful beings. They learn and teach. They have times and spaces for the experiences. There is belonging. Being born and living in Pantanal sharpen the senses and invites freedom. There are days when the wind calls the kites. Also, there are days when the sun invites for river baths. The ripe guavas ask to be eaten, climbing the tree is a part of it. The fishes remember the challenges of fishing. The younger children observe the older ones and, where they feel confident, try new movements. Whoever is around, may help. Or not. There is autonomy. They recognize noises through attentive ears, they have eyes that see beyond the invisible, feel odors and its meanings, the hands are skilled. They are perceptive and intuitive. Their bodies are wise and jump lightly between ruts and boats. The Pantanal and its people have generosities, but also weaknesses and ask for respect. They are open to share wisdom, they know that we need their knowledge and also want to have access to ours. The exercise of being a researcher in those contexts was challenging, incessant and charming, highlighting that the proposal intended demands being with the community in more constant and longer dives. |
en |
dc.format.extent |
242 p.| il. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Educação física |
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dc.subject.classification |
Crianças |
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dc.subject.classification |
Brincadeiras |
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dc.subject.classification |
Educação física para crianças |
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dc.title |
Nas artesanias de ser criança em um santuário ecológico - Pantanal (MS) |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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