Equilíbrio de torque muscular e amplitude de movimento de rotação medial e lateral do ombro em atletas e não-atletas de voleibol

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Equilíbrio de torque muscular e amplitude de movimento de rotação medial e lateral do ombro em atletas e não-atletas de voleibol

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Title: Equilíbrio de torque muscular e amplitude de movimento de rotação medial e lateral do ombro em atletas e não-atletas de voleibol
Author: Garcias, Leandro
Abstract: Os esportes com movimentos repetitivos do ombro executados em abdução ou flexão acima de 90° são denominados esportes overhead. A prática destes esportes pode resultar em adaptações neuromusculares específicas do ombro, as quais podem levar a desequilíbrios de torque muscular e ADM de rotação lateral (RL) e rotação medial (RM). Portanto, é possível que estes desequilíbrios sejam diferentes conforme o nível competitivo dos atletas de voleibol. Este estudo teve como objetivo analisar e comparar o equilíbrio de torque muscular e a ADM de RM e RL do ombro no membro preferencial (MP) e membro não-preferencial (MNP) em três diferentes grupos: não-atletas overhead (GNA; n=14), atletas recreacionais (GR; n=14) e atletas treinamento sub 18 (GT; n=14) de voleibol. As ADMs de RL e RM foram mensuradas passivamente com um inclinômetro digital. O torque concêntrico de RL e RM foi mensurado em um dinamômetro isocinético, nas velocidades de 60°s-1 e 180°s-1. Foram comparadas a ADM de RM, RL e amplitude total de rotação (ATR) do ombro em ambos os lados, o déficit de rotação interna glenoumeral (GIRD), bem como a razão convencional RL/RM por pico de torque (RC_PT) e de torque por ângulos específicos (RC_TAE) a cada 10° da ADM de rotação do ombro entre os grupos. Por fim, a associação entre GIRD, RC_PT e RC_TAE no MP foi verificada. Os resultados demonstraram que a RM foi menor no MP em relação ao MNP para todos os grupos (p=0,02) e a ATR maior no GT em relação ao GNA (p=0,04). Não houve diferença entre grupos para o GIRD (p=0,84), e entre grupos e membros para RC_PT a 60°.s-1 (p=0,72) e 180°.s-1 (p=0,50). A RC_TAE a 60°.s-1 foi menor no MP em relação ao MNP nos ângulos de 80° (p=0,04), 90° (p=0,02), 100° (p=0,02) e 110° (p=0,03). Houve correlação negativa de pequena magnitude entre GIRD e RC_PT a 60°.s-1 (p=0,03; R=-0,29) e entre GIRD e RC_TAE a 60°.s-1 no ângulo de 110° (p=0,04; R=-0,28). Os resultados demonstraram que a ADM e o equilíbrio de torque muscular entre os rotadores de ombro não foram diferentes entre atletas de diferentes níveis competitivos e não-atletas, havendo pequena relação entre GIRD e equilíbrio de torque muscular. No entanto, a avaliação de TAE mostrou assimetrias entre os membros em ADMs extremas em atletas e não-atletas. Já que nestes ângulos é onde podem ocorrer a maioria das lesões nas ações overhead, estas informações podem ser usadas por treinadores no monitoramento do treinamento esportivo, bem como em programas de reabilitação.<br>Abstract : The performance of overhead sports involves repetitive overarm motions of the shoulder at ranges above 90° of abduction or flexion. These sports may result in specific neuromuscular adaptations, leading athletes to have strength and ROM imbalances between shoulder internal rotation (IR) and external rotation (ER). These imbalances can differ according to the competitive level of volleyball players. Therefore, the aim of this study was to compare the shoulder rotator strength and ROM imbalances between volleyball players of different competitive levels and non-overhead athletes. A secondary aim was to investigate the association between shoulder rotator strength and ROM imbalances. Non-overhead athletes (GNA, n = 14), recreational volleyball players (GR, n = 14) and sub-18 volleyball athletes (GT; n = 14) were compared for shoulder IR and ER ROM and total rotational range (TRR), glenohumeral internal rotation deficit (GIRD), as well as conventional ratio ER/IR calculated by peak torque (CR PT) and by angle specific torque (CR AST) at every 10° of the ROM for both preferred (PA) and non-preferred (NPA) arms. The correlations between GIRD, CR PT and CR AST on PA and NPA were also examined. Shoulder IR and ER maximal concentric torque was measured on a Biodex isokinetic dynamometer at 60°.s-1 and 180°s-1, and shoulder ROM was measured passively with to use of a digital inclinometer. The results showed that PA IR ROM was less than the NPA for all groups (p=0,03), and GT TRR was greater than the GNA (p=0,04). Additionally, PA CR AST was greater than the NPA for all groups at 80° (p=0,04), 90° (p=0,02), 100° (p=0,02) e 110° (p=0,03) at 60°.s-1 only. However, GIRD (p=0,84) and CR PT were not significantly different between groups, nor between arms and groups at 60°.s-1 (p=0, 72) and 180°.s-1 (p=0,50), respectively. There were weak negative correlations between GIRD and CR PT (p=0,03; R-0,29), and between GIRD and CR AST at 110° at 60°.s-1 (p=0,04; R=-0,28). Results revealed that overall shoulder rotator strength and ROM imbalances are not different between volleyball players of different competitive levels and non-overhead athletes, with small relationship between GIRD and muscle balance torque. However, the CR AST is different between limbs in shoulder extremes ROMs in both athletes and non-athletes. Since these angles are where most injuries may occur in overhead actions, this information can be used by coaches for monitoring, as well as prescribing specific prevention and rehabilitation training programs for volleyball athletes.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2019.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215515
Date: 2019


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