dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Ogliari, Juliana Bernardi |
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dc.contributor.author |
Pollak Júnior, Moisés |
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dc.date.accessioned |
2020-10-21T21:19:53Z |
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dc.date.available |
2020-10-21T21:19:53Z |
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dc.date.issued |
2019 |
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dc.identifier.other |
368768 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215731 |
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dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2019. |
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dc.description.abstract |
A conservação in situ on farm promove o desenvolvimento adaptativo das espécies quanto às variações climáticas ocorridas ao longo do tempo, além de ser uma das principais formas de conservação dos recursos fitogenéticos. As variedades crioulas ou tradicionais, geralmente, são conservadas e produzidas por pequenos e médios agricultores e destacam-se dentre os recursos genéticos existentes. O município de Santa Rosa de Lima, em Santa Catarina, tem o título de Capital da Agroecologia do Estado e, devido à sua potencialidade e a forte presença de sistemas agroecológicos, membros da Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco) apontaram a necessidade de conhecer as variedades crioulas e identificar seus mantenedores. Para atender essa demanda, foi idealizado um levantamento como abordagem metodológica, para realização de estudos sobre a diversidade de cultivos (Diagnóstico I do Projeto NeaEducampo UFSC). Para tanto, os resultados obtidos neste estudo estão estruturados em dois capítulos. O primeiro capítulo consistiu no levantamento dos cultivos crioulos presentes no município. Identificaram-se as variedades crioulas dos cultivos a partir de um levantamento realizado por agentes de saúde e estudantes do curso de Educação ao Campo ? UFSC (Diagnóstico I), em visitas às unidades familiares de produção rural. Os mesmos foram instruídos a perguntar aos agricultores visitados ??quais cultivos eram mantidos?? e ??há quanto tempo possuíam a variedade mais antiga de cada espécie??. Realizou-se análise exploratória e estatística descritiva dos dados gerados com as entrevistas. De um total de 194 mantenedores de cultivos, encontrou-se ao todo 60 espécies cultivadas, identificando-se um núcleo de cultivos dos quais os agricultores costumam ter variedades crioulas, sendo os mais comuns: aipim/mandioca (89,2% das propriedades), batata doce (77,8%), feijão comum (71,1%), couve de folha (69,6%) e cebolinha verde (55,7%). Descobriu-se que os agricultores cultivam de 1 a 7 variedades de determinada espécie, com tempos de cultivo de 1 a 100 anos. Nesse contexto, em processo de facilitação dos núcleos de pesquisa com agricultores/as locais, estabeleceram-se cultivos de maior importância ? arroz, milho e feijão ? para a busca de novos estudos, sendo o feijão (Phaseolus vulgaris L.), a cultura destacada para se tratar no capítulo 2. Buscou-se a identificação da diversidade das variedades crioulas de feijão comum mantida pelos agricultores do mesmo município. Esses agricultores foram entrevistados por meio de um questionário semi-estruturado com questões-chaves relacionadas à conservação, diversidade ao uso e manejo das variedades desta espécie. Descobriu-se a presença de 231 variedades crioulas de feijão. A maioria dos agricultores conserva mais de um tipo de feijão, sobretudo de grãos carioca, preto e vermelho. O tempo de cultivo da variedade na família dos entrevistados varia de 1 até 100 anos. Cerca de 53,8% dos agricultores indicam os valores de uso gastronômico, 27,3% valores culturais e 9,9% valores agronômicos. As principais razões de conservação estão associadas aos valores culturais e gastronômicos e os motivos que ocasionam a perda de variedades locais se relacionam com características culinárias e a falta de multiplicação. O diagnóstico da diversidade de variedade de feijão comum no município revelou uma significativa diversidade, até então, desconhecida na região.<br> |
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dc.description.abstract |
Abstract: In situ conservation on farm promotes the adaptive development of the species as climate changes occur over time, and is one of the main forms of conservation of plant genetic resources. Landraces or traditional varieties are generally conserved and produced by small and medium farmers and stand out among existing genetic resources. The city of Santa Rosa de Lima, Santa Catarina, has the title of State Agroecology Capital and, due to its potentiality and the strong presence of agroecological systems, members of the Association of Ecological Farmers of the Serra Geral Hills (Agreco) pointed out the need to know the landraces and identify their maintainers. To meet this demand, a survey was devised as a methodological approach to conduct studies on crop diversity (Diagnosis I of the NeaEducampo UFSC Project). Therefore, the results obtained in this study are structured in two chapters. The first chapter consisted of surveying the landraces crops present in the city. Traditional varieties of the crops were identified from a survey conducted by health agents and students of the Field Education - UFSC (Diagnosis I) course, in visits to family units of rural production. They were instructed to ask the farmers visited 'which crops were kept' and 'how long ago they had the oldest variety of each species'. Exploratory analysis and descriptive statistics of the data generated with the interviews were performed. From a total of 194 crop keepers, 60 cultivated species were found, identifying a core of crops from which farmers usually have traditional varieties, the most common being cassava (89.2% of properties), sweet potato (77.8%), common beans (71.1%), leaf kale (69.6%) and green onions (55.7%). Farmers have been found to grow from 1 to 7 varieties of a particular species, with cultivation times from 1 to 100 years. In this context, in the process of facilitating research centers with local farmers, the most important crops - rice, corn and beans - were established to search for new studies, with beans (Phaseolus vulgaris L.) being the main crop, highlighted in Chapter 2. We sought to identify the diversity of common bean varieties kept by farmers in the same city. These farmers were interviewed using a semi-structured questionnaire with key questions related to conservation, diversity of use and management of varieties of this species. 231 bean varieties were found to be present. Most farmers conserve more than one type of bean, especially carioca, black and red beans. The cultivation time of the variety in the family of respondents varies from 1 to 100 years. About 53.8% of farmers indicate the values of gastronomic use, 27.3% cultural values and 9.9% agronomic values. The main conservation reasons are associated with cultural and gastronomic values and the reasons that cause the loss of local varieties are related to culinary characteristics and lack of multiplication. The diagnosis of diversity of common bean variety in the city revealed a significant diversity hitherto unknown in the region. |
en |
dc.format.extent |
102 p.| il., gráfs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Recursos genéticos vegetais |
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dc.subject.classification |
Ecologia agrícola |
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dc.subject.classification |
Feijão |
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dc.title |
Censo da diversidade dos recursos genéticos vegetais em Santa Rosa de Lima - SC: um estudo de variedades crioulas de feijão comum |
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dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
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