Efeitos do estresse mental agudo sobre a resposta autonômica cardiovascular em bombeiros militares

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Efeitos do estresse mental agudo sobre a resposta autonômica cardiovascular em bombeiros militares

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Title: Efeitos do estresse mental agudo sobre a resposta autonômica cardiovascular em bombeiros militares
Author: Mendes, Haíssa Aguiar
Abstract: Profissionais da defesa civil respondem constantemente à episódios de estresse mental e apresentam grande incidência de eventos cardiovasculares. A resposta autonômica cardiovascular ao estresse mental agudo é inicialmente determinada pela ação integrada dos ramos simpático e parassimpático que inervam o sistema cardiovascular. O equilíbrio simpato-vagal nessa resposta pode refletir a presença de disfunção autonômica, sugerindo prejuízos nos mecanismos de controle cardiovascular. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a influência da aptidão física na baixa e alta temporada de veraneio sobre a resposta autonômica cardiovascular de bombeiros militares em um teste de estresse mental agudo. Para tanto, 27 bombeiros (39 ± 9 anos; pressão arterial (PA) sistólica (PAS) 135 ± 11 mmHg; diastólica (PAD) 78±9 mmHg; frequência cardíaca (FC) 71±15 bpm) realizaram o teste de Cores e Palavras de Stroop na baixa temporada, e 12 bombeiros na alta temporada (37±8 anos; PA sistólica 132±6 mmHg; PA diastólica 77±7 mmHg; FC 72±11 bpm). A PA e FC foram continuamente registradas. Na baixa temporada, o estresse gerou aumento na PA (? sistólica 20±10; diastólica 9±5 mmHg) e FC (? 15±12 bpm). A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi avaliada por meio do cálculo dos índices: baixa frequência (LF), alta frequência (HF), razão entre baixa e alta frequência (LF/HF) e raiz quadrada das diferenças entre os batimentos cardíacos normais (RMSSD), e permitiram avaliar a influência do estado de estresse sobre a resposta cardiovascular. O balanço simpato-vagal estava predominantemente simpático (LF = 86±6 nu; HF = 14±6 nu; LF/HF = 10±10; RMSSD = 32±20 ms). Indivíduos com melhor aptidão física demonstraram menor elevação de FC em resposta ao estresse (p = 0,01; r = -0,64). A resposta diferiu entre as temporadas, sendo que na alta temporada houve uma reatividade cardiovascular atenuada (PAS=160±17 vs. 143±23 mmHg, p<0,01; PAD=90±11 vs. 79±11 mmHg, p<0,01; FC=94±20 vs. 88±15 bpm, p<0,01). O balanço simpato-vagal apresentou redução do componente simpático e aumento do parassimpático (LF=85±6 vs. 70±17 nu, p=0,01; HF=16±6 vs. 33±20 nu, p=0,01; LF/HF=8±4 vs. 4±3, p<0,01; RMSSD=30±11 vs. 55±20 ms, p<0,01). Apesar de estarem com maior percentual de gordura (%G=22±5 vs. 24±5, p=0,02), apresentaram maior força muscular (FPM=95±9 vs. 98±19 kg, p=0,05). Conclui-se que, a resposta autonômica cardiovascular é influenciada pela aptidão física, estado de estresse, e treinamento na baixa e alta temporada de veraneio. Em adição, a redução na reatividade na alta temporada está relacionada, pelo menos em parte, à maior modulação parassimpática. Independente do balanço autonômico, a relação entre a aptidão física e a resposta cardiovascular é relevante e deve ser aprimorada.Abstract: Civil defense professionals involved in mental stress and high incidence of cardiovascular events. The cardiovascular autonomic response to mental stress is defined by the integrated action of the innate sympathetic and parasympathetic branches or cardiovascular system. The simplified vagal balance in this response may reflect the presence of an autonomic dysfunction, suggesting impairments in cardiovascular control mechanisms. Thus, the aim of this study was to evaluate and compare the influence of physical activity in low and high summer season on an cardiovascular autonomic response of military firefighters in an acute mental stress test. For this, 27 firefigthers (39 ± 9 years; systolic blood pressure (SBP) 135 ± 11 mmHg; diastolic (DBP) 78 ± 9 mmHg; heart rate (HR) 71 ± 15 bpm) perform color test and words, Stroop Test, in low season (winter) and 12 firefigthers in high season (summer) (37 ± 8 years; SBP 132 ± 6 mmHg; DBP 77 ± 7 mmHg; HR 72 ± 11 bpm). Blood pressure (BP) and HR were recorded. In low season, stress generated increase in BP (systolic ? 20 ± 10; diastolic 9 ± 5 mmHg) and HR (? 15 ± 12 bpm). Heart rate variability (HRV) was assessed by calculating the indices: low frequency (LF), high frequency (HF), low to high frequency ratio (LF / HF), and square root of differences between normal heartbeat (RMSSD), and allowed to evaluate the influence of the stress state on the cardiovascular response. The sympathovagal balance was predominantly sympathetic (LF = 86 ± 6 nu; HF = 14 ± 6 nu; LF / HF = 10 ± 10; RMSSD = 32 ± 20 ms). Individuals with better physical fitness showed lower HR increase in response to stress (p = 0,01; r = -0,64). Different response between temporary, and in high season there was attenuated cardiovascular reactivity (SBP = 160 ± 17 vs. 143 ± 23 mmHg, p <0.01; DBH = 90 ± 11 vs. 79 ± 11 mmHg, p <0, (CF = 94 ± 20 vs. 88 ± 15 bpm, p <0.01). The sympathovagal balance shows reduction of the sympathetic component and increase of the parasympathetic (LF = 85 ± 6 vs. 70 ± 17 nu, p = 0,01; HF = 16 ± 6 vs. 33 ± 20 nu, p = 0,01 LF / HF = 8 ± 4 vs. 4 ± 3, p <0,01; RMSSD = 30 ± 11 vs. 55 ± 20 ms, p <0,01). Despite being with higher fat percentage (% fat = 22 ± 5 vs. 24 ± 5, p = 0,02), hand grip strength (HGS = 95 ± 9 vs. 98 ± 19 kg, p = 0,05). We concluded that an cardiovascular autonomic response is influenced by physical activity, stress state, and training in the low and high summer season. In addition, a reduction in high season reactivity is available, at least in part, in the largest parasympathetic modulation. Regardless of autonomic balance, a relationship between physical fitness and cardiovascular response is relevant and should be improved.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas, Florianópolis, 2019.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215769
Date: 2019


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