Função sexual e desconfortos do assoalho pélvico em mulheres atendidas na atenção básica do município de Criciúma/SC

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Função sexual e desconfortos do assoalho pélvico em mulheres atendidas na atenção básica do município de Criciúma/SC

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Title: Função sexual e desconfortos do assoalho pélvico em mulheres atendidas na atenção básica do município de Criciúma/SC
Author: Roque, Amanda
Abstract: Introdução: Os desconfortos do assoalho pélvico (DAPs) podem interferir negativamente na função sexual feminina, assim como na qualidade de vida. Sintomas pélvicos, anorretais e urinários costumam associar-se com desejo hipoativo, falta de excitação, déficit de lubrificação e dispareunia. Dessa forma, torna-se importante conhecer os fatores associados que explicam a função sexual na população feminina. O objetivo geral desse estudo foi analisar a função sexual e os desconfortos do assoalho pélvico de mulheres atendidas na Atenção Básica do município de Criciúma/SC. Para isso, foram conduzidos dois estudos com os seguintes objetivos específicos: Artigo (1): comparar e correlacionar a função sexual de mulheres com e sem desconfortos do assoalho pélvico atendidas na Atenção Básica do município de Criciúma/SC e Artigo (2): analisar os fatores associados à disfunção sexual de mulheres atendidas na Atenção Básica do município de Criciúma/SC. Métodos: Foram avaliadas 212 mulheres adultas com média de idade de 43,64 ± 12,12 anos, tendo como critério de inclusão mulheres acima de 18 anos e sexualmente ativas nas últimas quatro semanas, atendidas em 12 Unidades de Saúde do município de Criciúma/SC. A amostra foi recrutada por conveniência enquanto as mulheres frequentavam as Unidades de Saúde selecionadas. Foram excluídas gestantes, mulheres com sintomas de infecção do trato urinário inferior ou que tivessem realizado tratamento prévio para câncer. Para verificar a presença e o tipo de desconforto do assoalho pélvico foi aplicado o Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20) que identifica sintomas pélvicos, urinários e anorretais. A função sexual foi avaliada por meio do Female Sexual Function Index (FSFI) que estuda 6 domínios: desejo sexual, excitação sexual, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor. A análise estatística foi realizada por meio de software estatístico SPSS - Statistical Package for Social Science, versão 21.0. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Artigo (1): Foi realizado correlações e Qui-quadrado nas associações. Artigo (2): Foi realizado regressão logística. Resultados Artigo (1): Os desconfortos correlacionaram-se com todos os domínios da função sexual, sendo que o desejo teve melhor explicação (24,4%). Quanto as associações, mulheres que tem DAP tendem a ter disfunção sexual (49,1%), principalmente alteração de desejo (77,9%) e excitação (79,8%). Referente aos sintomas, mulheres com sintomas pélvicos tendem a ter disfunção sexual (57,3%) e destaca-se o desejo hipoativo (81,3%); mulheres com sintomas anorretais, tendem a ter alteração de desejo (79,1%) e dor (46,1%) e mulheres com sintomas urinários tendem a ter disfunção sexual (DS) (53,4%) e alteração de desejo (81,7%) e excitação (82,4%). Artigo (2): A prevalência de disfunção sexual nessa amostra foi de 43,9% (IC95% 36,8 ? 50,5). Os principais fatores associados foram o aumento da idade (OR:1,04; IC95% 1,01-1,07), a realização de parto normal prévio (OR: 2,51; IC95% 1,30-4,85), diagnóstico de depressão (OR: 1,95; IC95% 1,02-3,74), a ausência de prática de atividade física (OR: 2,30; IC95% 1,18-4,45) e presença de sintomas urinários (OR: 2,80; IC95% 1,47-5,33). Conclusão: Mulheres com DAP apresentaram sintomas de disfunção sexual. Dentre os principais problemas sexuais que correlacionou-se com os desconfortos do assoalho pélvico estão desejo sexual hipoativo, falta de excitação, falta de lubrificação e dispareunia. Além disso, as chances do desenvolvimento de disfunção sexual em mulheres adultas são maiores quando apresentam algum desconforto do assoalho pélvico, principalmente sintomas urinários.Abstract: Introduction: Pelvic floor discomforts (PADs) can negatively affect female sexual function, as well as quality of life. Pelvic, anorectal and urinary symptoms are usually associated with hypoactive desire, lack of excitement, deficit in lubrication and distribution. Thus, it is important to know the associated factors that explain a sexual function in the female population. The general objective of this study was to analyze the sexual function and discomfort of the pelvic floor of women treated in Primary Care in the municipality of Criciúma/SC. For this, two studies were conducted with the following applicable objectives: Article (1): compare and correlate a sexual function of women with and without discomfort in the pelvic floor and with the attention in Primary Care in the Municipality of Criciúma/SC and Article (2): to analyze the factors associated with the sexual dysfunction of women assisted in Primary Care in the city of Criciúma/SC. Methods: 212 adult women with an average age of 43.64 ± 12.12 years were evaluated, with the inclusion criterion of women over 18 years old and sexually active in the last four weeks, attended at 12 Health Units in the municipality of Criciúma/SC. The sample was recruited for convenience while women attended selected Health Units. Pregnant women, women with symptoms of lower urinary tract infection or who had undergone previous cancer treatment were excluded. To verify the presence and type of discomfort in the pelvic floor that was applied in the Relief Inventory on the Pelvic Floor (PFDI-20), which identifies pelvic, urinary and abnormal symptoms. A sexual function was assessed using the Female Sexual Function Index (FSFI), which studied 6 domains: sexual desire, sexual arousal, vaginal lubrication, orgasm, sexual satisfaction and pain. A statistical analysis was performed using statistical software SPSS - Statistical Package for the Social Science, version 21.0. Descriptive and inferential statistics were used, with a 5% significance level. Article (1): Correlations and Chi-square were performed on the statistics. Article (2): Logistic regression was performed. Results Article (1): Discomfort correlates with all domains of sexual function, with desire having a better explanation (24.4%). As for statistics, women with PAD have sexual dysfunction (49.1%), mainly changes in desire (77.9%) and arousal (79.8%). Regarding symptoms, women with pelvic symptoms suffer from sexual dysfunction (57.3%) and have depression or hypoactive desire (81.3%); women with abnormal symptoms, have altered desire (79.1%) and pain (46.1%) and women with urinary symptoms suffer from sexual dysfunction (SD) (53.4%) and altered desire (81, 7% ) and excitation (82.4%). Article (2): The prevalence of sexual dysfunction in this sample was 43.9% (95% CI 36.8 - 50.5). The main associated factors were increasing age (OR: 1.04; 95% CI 1.01-1.07), normal vaginal delivery (OR: 2.51; 95% CI 1.30-4.85) , diagnosis of depression (OR: 1.95; 95% CI 1.02-3.74), absence of physical activity (OR: 2.30; 95% CI 1.18-4.45) and presence of urinary symptoms (OR: 2.80; 95% CI 1.47-5.33). Conclusion: Women with PAD showed symptoms of sexual dysfunction. Among the main sexual problems that correlate with the discomforts of the pelvic floor that are with hypoactive sexual desire, lack of excitement, lack of lubrication and distribution. In addition, the chances of developing sexual dysfunction in adult women are greater when they experience some discomfort in the pelvic floor, especially urinary symptoms.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2020.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215884
Date: 2020


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