A fissura e a lembrança em L'amant, de Marguerite Duras

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A fissura e a lembrança em L'amant, de Marguerite Duras

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Capela, Carlos Eduardo Schmidt
dc.contributor.author Passos, Julio Aied
dc.date.accessioned 2020-10-21T21:23:40Z
dc.date.available 2020-10-21T21:23:40Z
dc.date.issued 2020
dc.identifier.other 369313
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215926
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Literatura, 2020.
dc.description.abstract L'amant, de Marguerite Duras, é marcado por um tom retrospectivo, caracterizado pelo relato, por parte da narradora, de suas lembranças. Neste sentido, Duras afirma em uma entrevista que o romance é como um álbum de fotografias, é uma compilação de comentários sobre fotos, ou seja, são anotações sobre o seu passado. No percurso narrativo várias imagens aparecem do fluxo da memória da protagonista, principalmente a relação amorosa entre ela jovem e seu amante. É durante a primeira relação sexual entre eles que a garota experimenta o gozo, experimenta o estado de êxtase, vislumbra o desconhecido, como escreve Bataille em A experiência interior. Partindo do pressuposto de que os relatos da voz narrativa surgem de um desejo por reviver este momento, debruço-me, nessa dissertação, sobre os aspectos da memória e do tempo, utilizando-me, principalmente, do pensamento bergsoniano em que o presente é sempre acompanhado do passado, das lembranças na durée, e a cada instante que passa ele se acumula na memória. O presente é um tempo efêmero, do devir. Além disso exploro a noção de desejo e do gozo, em especial sob a ótica lacaniana, em que o desejo nunca se sacia, pois o gozo nunca é realmente atingido. Todos estes aspectos possuem em comum a fugacidade, por esta razão eles mantêm a narradora em movimento, na busca de apreendê-los, fato que confere à narrativa sua fluidez.
dc.description.abstract Abstract: L'amant by Marguerite Duras is marked by a retrospective tone, in which is featured the report of the narrator's remembrances. Following that way, Duras states at an interview that the romance is like a photo album, it is a compilation of photo's commentaries, in other words, they are notes about the narrator's past. At the narrative's course many images emerge from the protagonist's memory, mostly the love relationship between her younger self and her lover. It is during the first sexual relation they had that the girl experiences the orgasm, she experiences the state of ecstasy, she had a glimpse at the unknown, as Bataille writes in Inner experience. Based on the assumption that the narrator's reports come from a desire to revive that moment, I put my attention, on that dissertation, at both memory's and the time's aspects, using mostly Bergson's thinking in which the present is always in the company of the past, that is, of the remembrances at the durée, and from every moment that comes to past it gathers in the memory. The present is the ephemeral time, it is the becoming's time. Beyond that, I explore both the notion of the desire and of the orgasm, mostly from Lacan's perspective, in which the desire is never fulfilled and the orgasm is never really reached. Everyone of those aspects hold in common the fugacity and for that they keep the narrator in movement at the quest to grasp them, and that fact gives to the narrative its fluidity. en
dc.format.extent 108 p.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Literatura francesa
dc.subject.classification Tempo
dc.subject.classification Memória
dc.subject.classification Desejo
dc.title A fissura e a lembrança em L'amant, de Marguerite Duras
dc.type Dissertação (Mestrado)


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