dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Caponi, Sandra Noemi Cucurullo de |
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dc.contributor.author |
Amaral, Letícia Hummel do |
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dc.date.accessioned |
2020-10-21T21:28:59Z |
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dc.date.available |
2020-10-21T21:28:59Z |
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dc.date.issued |
2020 |
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dc.identifier.other |
369793 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216377 |
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dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2020. |
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dc.description.abstract |
No Brasil, a psiquiatria do desenvolvimento encontra um marco importante com a criação do Instituto Nacional da Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência (INPD) em 2009. Afirmando-se como o mais novo paradigma em psiquiatria e sob a justificativa de que a maior parte dos transtornos mentais tem origem na infância, especificamente no desenvolvimento cerebral, estabelece-se como objetivo principal de seus estudos a criação de tecnologias para a prevenção e controle de risco em saúde mental. Este estudo objetivou oferecer uma análise crítica, no âmbito da sociologia política, das relações de saber-poder que permeiam a constituição da psiquiatria do desenvolvimento no Brasil. Para tanto, realizou-se uma caracterização do INPD que permitiu observar sua organização dentro e fora do campo acadêmico, e identificar seus principais agentes do discurso e da prática. A partir de investigação bibliográfica e documental, analisaram-se os projetos e programas desenvolvidos por sua equipe de especialistas, e as estratégias mobilizadas na relação com outros universos sociais, como a escola e a família. Assim, foi possível evidenciar a mobilização de novas estratégias biopolíticas pela psiquiatria, tais como: a criação de novos diagnósticos, o desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas, além do investimento na formação de recursos humanos para atuar nacionalmente a partir dessa perspectiva. Os resultados dessa pesquisa apontam para um superdimensionamento do poder psiquiátrico sobre a vida, que agora cria e mobiliza diagnósticos de doenças não manifestadas, baseados em comportamentos que devem ser contidos por psicofármacos e pela orientação de condutas. Contando com amplo financiamento, público e privado, e credibilidade institucional, a psiquiatria do desenvolvimento vem conquistando cada vez mais espaço no campo acadêmico e fora dele. É possível afirmar, nesse sentido, que a legitimação deste \"novo paradigma\" em psiquiatria, que inclusive já serve como referência na formulação de políticas públicas, concorre para a ampliação do processo de medicalização da infância e do espaço escolar no Brasil. |
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dc.description.abstract |
Abstract: In Brazil, developmental psychiatry finds an important milestone with the creation of the National Institute of Developmental Psychiatry for Children and Adolescents (INPD) in 2009. Affirming itself as the newest paradigm in psychiatry and under the justification that the majority of mental disorders originates in childhood, specifically in brain development, the creation of technologies for the prevention and control of risk in mental health is established as the main objective of these studies. This research aims to offer a critical analysis, within the scope of political sociology, of the relations of knowledge-power that permeate the constitution of developmental psychiatry in Brazil. To do so, a characterization of the INPD was carried out, allowing us to observe its organization inside and outside the academic field, as well as to identify its main agents of discourse and practice. Based on bibliographic and documentary research, the projects and programs developed by its team of specialists were analyzed, as well as the strategies mobilized in the relationship with other social universes, such as school and family. Thus, it was possible to evidence the mobilization of new biopolitical strategies by psychiatry, such as: the creation of new diagnoses; the development of new diagnostic and therapeutic technologies; in addition, to investing in training human resources to act nationally from this new perspective. The results of this research point to an overdimensioning of the psychiatric power over life, which now creates and mobilizes diagnoses of unmanifested diseases, based on behaviors that must be contained by psychotropic drugs and the guidance of conduct. With broad public and private funding, and institutional credibility, developmental psychiatry has been gaining more and more space in the academic field and beyond. It is possible to affirm, in this sense, that the legitimation of this \"new paradigm\" in psychiatry, which already serves as a reference in the formulation of public policies, contributes to the expansion of the process of medicalization of childhood and of the school space in Brazil. |
en |
dc.format.extent |
123 p. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Psiquiatria |
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dc.subject.classification |
Saúde mental |
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dc.subject.classification |
Política de saúde mental |
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dc.subject.classification |
Sociologia |
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dc.title |
Discursividades em torno da prevenção e controle de risco em saúde mental: a psiquiatria do desenvolvimento |
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dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
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