Análise do abandono do tratamento antitabagismo em Araranguá ? SC

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Análise do abandono do tratamento antitabagismo em Araranguá ? SC

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Title: Análise do abandono do tratamento antitabagismo em Araranguá ? SC
Author: Rocha, Bruna Vanti da
Abstract: Introdução: O tabagismo é uma doença crônica não-transmissível que interfere na saúde e qualidade de vida do fumante e favorece o desenvolvimento de doenças graves e incapacitantes. Objetivo: O estudo objetivou analisar fatores envolvidos no abandono do tratamento em participantes do Programa de Controle do Tabagismo de Araranguá-SC. Métodos: Trata-se de um estudo de transversal realizado em Araranguá (SC). O público-alvo da pesquisa foram os participantes do Programa de Municipal de Controle do Tabagismo em tratamento de março a dezembro de 2018. A coleta de dados foi realizada por meio do preenchimento de questionários sobre o perfil demográfico, condições/problemas de saúde, prática de atividade física e o grau de dependência. O inventário de depressão de Beck, a escala BIS 11 e a escala Toulousiana de Coping foram usados para avaliar respectivamente sintomas depressivos, o grau de impulsividade e capacidade de enfrentamento dos participantes. O abandono do tratamento foi investigado entre os desistentes do programa. Utilizou-se análise descritiva e inferencial por meio do software Stata 16. Resultados: Foram pesquisados um total de 109 pessoas. Destes, 50,5% eram homens, 51,8% tinham menos de 50 anos, 46,8% eram casados, 32,7% tinham ensino médio completo e 13,1% superior, 45,5% encontravam-se com sobrepeso e 78,9% relataram não praticar atividade física. A maioria (39,8%) tinha dependência a nicotina muito elevada, 32,1% tinham depressão leve a moderada e o tempo de tabagismo médio foi de 28,9 anos. Observou-se diferenças quanto ao sexo no estado civil (p=0,017), relato de aftas (p=0,024) e tratamento psiquiátrico (p=0,035). Obtiveram sucesso na cessação do tabagismo 73,4% dos participantes. O percentual de abandono do tratamento foi de 40,4%, maior na faixa etária menor de 49 anos. Entre os que abandonaram, 41,5% tinham indicação médica para iniciar o tratamento, 80,5% realizava o tratamento pela primeira vez, 39% participou de 2 a 4 encontros e 48,8% apresentavam dependência nicotínica severa. A média da escala BIS 11 foi maior entre os abandonos e apresentou maior diferença no item referente ao não planejamento. Os principais motivos relatados pelos participantes para abandono do tratamento foram ?já estar bem sem fumar?, situações relacionadas ao trabalho e sintomas de abstinência. Dos que abandonaram o tratamento, 62,5% continuavam fumando, 38,2% moram com fumantes e 25% relataram descontentamento com o local onde o grupo era realizado. Conclusão: Os dados do perfil irão contribuir para melhoria da qualidade da abordagem relacionada as doenças/condições crônicas de saúde do fumante no tratamento, auxiliando os profissionais de saúde no direcionamento das temáticas trabalhadas nos grupos. A ausência de gestantes na população revela possíveis dificuldades da Atenção Primária na abordagem e encaminhamento desse público para tratamento. Detectar que entre os desistentes havia indivíduos que estavam sem fumar, demonstra que nem todo abandono do tratamento antitabagismo tem relação direta com insucesso na cessação. O estudo identifica que questões relacionadas a jornada de trabalho impactam na continuidade do tratamento pelo fumante.Abstract: Introduction: Smoking is a non-communicable chronic disease that interferes with the health and quality of life of smokers and favors the development of serious and disabling diseases. Objective: The study aimed to analyze factors involved in treatment dropout in participants of the Araranguá-SC Tobacco Control Program. Methods: This is a cross-sectional study conducted in Araranguá (SC). The target audience of the research was participants of the Municipal Smoking Control Program being treated from March to December 2018. Data collection was performed by completing questionnaires about demographic profile, health conditions / problems, practice of physical activity and the degree of dependence. The Beck Depression Inventory, the BIS 11 Scale, and the Coping Toulousian Scale were used to assess participants' depressive symptoms, impulsiveness, and coping ability, respectively. Treatment dropout was investigated among program dropouts. Descriptive and inferential analysis was used using the SPSS version 25 software. Results: A total of 109 people were surveyed. Of these, 50.5% were men, 51.8% were under 50 years old, 46.8% were married, 32.7% had completed high school and 13.1% higher, 45.5% were overweight. and 78.9% reported not practicing physical activity. Most part (39.8%) had very high nicotine dependence, 32.1% had mild to moderate depression and the average smoking time was 28.9 years. There were differences regarding gender in marital status (p=0.017), thrush report (p=0.024) and psychiatric treatment (p=0.035). Successful smoking cessation achieved 73.4% of participants. The percentage of treatment abandonment was 40.4%, higher in the age group younger than 49 years. Among those who dropped out, 41.5% had a medical indication to start treatment, 80.5% were undergoing treatment for the first time, 39% attended 2-4 meetings and 48.8% had severe nicotine dependence. The mean BIS 11 scale was higher among dropouts and presented the largest difference in the non-planning item. The main reasons reported by participants for dropping out of treatment were ?I?m feeling well without smoking?, work-related situations, and withdrawal symptoms. Of those who abandoned treatment, 62.5% continued smoking, 38.2% live with smokers and 25% reported dissatisfaction with where the group was held. Conclusion: The profile data will contribute to improve the quality of the approach related to smoking/chronic health conditions of smokers in the treatment, helping health professionals in addressing the themes addressed in the groups. The absence of pregnant women in the population reveals possible difficulties of Primary Care in the approach and referral of this public for treatment. Detecting that among the quitters there were individuals who were without smoking, demonstrates that not all smoking cessation treatment is directly related to failure to quit. The study identifies that issues related to working hours impact the continuity of treatment by smokers.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2020.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216682
Date: 2020


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