Avaliação da viabilidade celular de Neisseria gonorrhoeae sob diferentes condições de transporte e armazenamento
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Title:
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Avaliação da viabilidade celular de Neisseria gonorrhoeae sob diferentes condições de transporte e armazenamento |
Author:
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Buss, Ketlyn
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Abstract:
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Introdução: Neisseria gonorrhoeae, agente etiológico da gonorreia, é um patógeno humano
obrigatório que acomete as mucosas do trato genital inferior, reto, orofaringe, conjuntiva e em
casos raros, pode evoluir para artrite gonocócica e sepse. O gonococo é considerado uma
ameaça à saúde pública devido ao surgimento de cepas resistentes aos antimicrobianos de todas
as classes utilizadas para o tratamento da infecção gonocócica. Dessa forma, para conter o
avanço da transmissão de cepas resistentes, é necessário que os países realizem vigilância das
cepas circulantes, a fim de adequar os esquemas terapêuticos nacionais. O objetivo deste estudo
foi otimizar duas etapas importantes nos estudos de vigilância, que consistem no
armazenamento da amostra coletada até seu processamento e no tempo e temperatura de
congelamento dos isolados recuperados até seu envio para o laboratório de referência, onde são
realizados os testes de sensibilidade antimicrobiana. Materiais e métodos: 15 cepas do
gonococo foram armazenadas em criotubos contendo caldo casoy e glicerol e mantidas a -20
°C e -80°C por longos períodos de tempo. 4 cepas foram mantidas em dois meios de transporte
comerciais por diferentes períodos de tempo. A avaliação da viabilidade celular foi realizada
através de semeadura em ágar chocolate. Resultados: Após 30 dias, apenas 53% das cepas
provenientes da suspensão em escala 1 de McFarland apresentaram viabilidade. Na
concentração em escala 2 de McFarland, 80% das cepas permaneceram viáveis. As cepas
armazenadas a -80°C se encontravam viáveis após 150 dias. No meio Amies com carvão
(Copan®), observou-se viabilidade por um período mínimo de 24 h, e no meio ESwab – amies
líquido (Copan®) por até 72 h. Discussão: A concentração bacteriana afetou a sobrevivência
das cepas armazenadas a -20°C. O meio Amies com carvão manteve a viabilidade celular até
24 horas e o meio ESwab – amies líquido até 72 horas. O perfil fenotípico de resistência não
influenciou o perfil de crescimento das cepas analisadas. Conclusão: Após 30 dias de
armazenamento, grande parte das cepas armazenadas a -20°C perde a viabilidade, enquanto à
temperatura de -80°C a viabilidade celular se mantém por 150 dias ou mais. O meio Amies com
carvão manteve as cepas viáveis por 24 horas, e o meio ESwab - Amies líquido por 72 horas.
A otimização destas etapas pode promover a participação de mais centros sentinelas nos estudos
de vigilância, aumentando a representatividade das diferentes regiões do Brasil. |
Description:
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TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia. |
URI:
|
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218688
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Date:
|
2020-12-08 |
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