Prevalência de meningite na antigenemia criptocócica assintomática em pacientes com HIV: revisão sistemática

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Prevalência de meningite na antigenemia criptocócica assintomática em pacientes com HIV: revisão sistemática

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Title: Prevalência de meningite na antigenemia criptocócica assintomática em pacientes com HIV: revisão sistemática
Author: Torres, Juliana Loes
Abstract: Objetivo: Estimar a prevalência de meningite criptocócica assintomática em pacientes com vírus da imunodeficiência humana e antigenemia positiva para criptococo. Métodos: Foi realizada revisão sistemática nas bases PubMed, SciELO, LILACS, Web of Science, ProQuest Dissertation&Theses, Scopus, Cochrane (Trials), Open Gray e Google Scholar de estudos até outubro de 2019. Seleção, leitura e extração de dados feita independentemente por mais de um autor em todas as etapas. Resultados: Foram avaliados 2334 estudos e incluídos ao final 16 estudos, com moderado risco de viés. Entre 32026 pacientes, 1814 pacientes tinham antigenemia positiva [6,94% (IC95% 5,52-8,50); I2=93,32%]. Meningite sem suspeita clínica foi constatada em 148 deles [(9,85% (IC95% 5,5-15,3); I2=85,75%], sendo 36 completamente assintomáticos [4,36% (IC95% 1,05-9,78); I2=63,89%]. Entre os pacientes com antigenemia positiva sem suspeita de meningite criptocócica que foram de fato submetidos à punção lombar, 25,4% (IC95% 13,35-39,78; I2=83,81%) tinham meningite. Conclusão: Existe evidência da existência de meningite criptocócica em pacientes com vírus da imunodeficiência humana e antigenemia criptocócica detectável, mesmo na ausência de suspeita clínica, inclusive em pacientes completamente assintomáticos. Portanto, é importante a realização de punção lombar em todos os pacientes com antigenemia positiva, permitindo diagnóstico precoce e tratamento efetivo da meningite criptocócica. São necessários mais estudos para avaliar a correlação entre título da antigenemia criptocócica e positividade do líquor, as características clínicas e laboratoriais detalhadas e o prognóstico com maior qualidade nesta população.Abstract: Objective: To estimate the prevalence of asymptomatic cryptococcal meningitis in patients with human immunodeficiency virus and positive cryptococcal antigenemia. Methods: A systematic review was done on bases PubMed, SciELO, LILACS, Web of Science, ProQuest Dissertation & Theses, Scopus, Cochrane (Trials), Open Gray and Google Scholar for studies until October 2019. Selection, reading and data extraction were made independently by more than one author at all stages. Results: 2334 studies were evaluated and 16 were included, with a moderate risk of bias. Among 32026 patients, 1814 had positive antigenemia [6.94% (95%CI 5.52-8.50); I2=93.32%]. Meningitis without clinical suspicion was found in 148 of them [9.85% (95%CI 5.5-15.3); I2=85.75%] and 36 were completely asymptomatic [4.36% (95%CI 1.05-9.78); I2=63.89%]. Among patients with positive antigenemia without suspected cryptococcal meningitis who were actually submitted to lumbar puncture, 25.4% (95%CI 13.35-39.78, I2=83.81%) had meningitis. Conclusion: There is evidence of the existence of cryptococcal meningitis in patients with human immunodeficiency virus and detectable cryptococcal antigenemia, even in the absence of clinical suspicion or in completely asymptomatic patients. Therefore, it is important to perform lumbar puncture in all patients with positive antigenemia, allowing early diagnosis and effective treatment of cryptococcal meningitis. Further studies are needed to assess correlation between cryptococcal antigenemia titer and cerebrospinal fluid positivity, detailed clinical and laboratory characteristics and prognosis with higher quality in this population.
Description: Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Intensivos e Paliativos, Florianópolis, 2020.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/221261
Date: 2020


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