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Este artigo problematiza o estudar com um grupo de professoras que ensinam matemática nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, compondo um tipo de formação que se denominou pelo ato de
caminhar, de trilhar. Um trilhar que, pelas fadigas do andar nos trilhos, nos convoca a fugir de caminhos
marcados-cristalizados, incitando-nos a parar, a deter-se, a perder-se, a furar espaços, a habitar
outros, a pensar. Disto fazer emergir pensamentos, ações, forças, resistências, palavras, ficções e
reinvenções de coisas que abrem fendas com os próprios pés, e traçam trilhas errantes em outros
espaços. Daí a estratégia de um tipo de formação que se dá antes pelo verbo estudar, do que pelo
formar. Estudar como um fazer-se trilha, trilhar-se. E, assim, intensificando a percepção de que a trilha
é uma espécie de corpo-estudo que está à espera de que algo aconteça, que algo inter-venha. Algo
que não é mais da ordem do planejado e esperado, da formação, mas de uma prática e de um exercício
educacional de liberdade e silêncio. Pelo estudar exercita-se o silêncio, habita-se espaços e trajetos,
cria-se trilhas, num ato solitário e ou em (com)-panhia, onde matemática e o ensino da matemática
aparecem como problemáticas de estudo. |
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