Abstract:
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RESUMO
Introdução: As alterações primárias de linguagem englobam desordens na articulação, que resultam em uma emissão oral alterada de um ou mais fonemas; desordens na aquisição e no desenvolvimento da linguagem oral, que comprometem a aquisição, compreensão e expressão; e, por fim, desordens na aquisição e no desenvolvimento da linguagem escrita. Objetivo: verificar evidências científicas do perfil audiológico de crianças com distúrbio primário de linguagem. Metodologia: A busca por artigos científicos foi conduzida por dois pesquisadores independentes nas bases de dados Medline (Pubmed), LILACS, SciELO, Cochrane Library e Scopus, sem restrição de idioma, período e localização. Para complementar e evitar viés de risco foi realizada uma busca por literatura cinza no Google Scholar. A revisão sistemática foi conduzida conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram inclusos na pesquisa estudos que obtiveram pontuação ≥ a 6 pontos segundo o protocolo para pontuação qualitativa proposto por Pithon et al.8 Resultados: Do grupo de pacientes n=1524 crianças, (62,87%) apresentaram comprometimento de linguagem primária. Houve associação estatisticamente significativa entre comprometimento primário de linguagem e perfil audiológico alterado. Indivíduos com perfil audiológico atípico tiveram 63% mais chance de apresentar comprometimento primário de linguagem quando comparado aqueles com perfil audiológico normal. Conclusão: O diagnóstico e tratamento precoces de distúrbios auditivos e de fala e linguagem são caracterizados como essenciais, pois podem promover melhor qualidade de vida para a criança. Destaca-se a importância das ações fonoaudiológicas no que diz respeito à terapia e aperfeiçoamento da linguagem oral e escrita, e intervenção médica para o monitoramento e diagnóstico de possíveis perdas auditivas, a fim de auxiliar nas práticas de prevenção e promoção de saúde RESUMO
Introdução: Dificuldades na linguagem oral podem estar associadas a desordens do processamento auditivo (PA), considerando que a audição é a via de entrada indispensável para a aquisição desta. O processamento auditivo trata-se das habilidades necessárias para processar um som, que abrange também a via auditiva periférica. Objetivo: verificar o impacto do transtorno do processamento auditivo central em crianças com desvio fonológico. Metodologia: A busca por artigos científicos foi conduzida por dois pesquisadores independentes nas bases de dados Medline (Pubmed), LILACS, SciELO, Web of Science e Scopus, sem restrição de período e localização, no período entre 2010 e 2020. A revisão sistemática foi conduzida conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram incluídos na pesquisa estudos que obtiveram pontuação ≥ a 6 pontos segundo o protocolo para pontuação qualitativa proposto por Pithon et al. Resultados: Os processos fonológicos que mais incidiram foram EP, EF, SL e SEC. Foram comparados entre os dois grupos (GC e GE) e encontradas diferenças apenas para o processo SEC no teste de imitação de palavras, demonstrando maior ocorrência desse processo no GE. Assim, o grupo com transtorno do processamento auditivo (GE) demonstrou maior gravidade de desvio fonológico. Conclusão: O transtorno do processamento auditivo central traz impactos para as crianças com desvio fonológico, já que os estudos encontrados no presente trabalho corroboram com o indicativo de que estes indivíduos apresentam prejuízos maiores nos testes de processamento auditivo, indicando uma estreita correlação entre os dois, demandando maior atenção a essa população e destacando a necessidade da avaliação em crianças com desvio fonológico e posterior treinamento auditivo. |