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A constelação aqui criada é um gesto analítico que pensa uma educação matemática com arte. A questão orientadora, nesse gesto, está em como o esfacelamento da experiência benjaminiana (Erfahrung) nos aparece na educação matemática, contribuindo para a emergência de uma nova barbárie na modernidade, apontada pelo filósofo Walter Benjamin. Para nos dar a ver estabelecemos como objetivo constelar imagens de pensamento na e da educação matemática que figuram uma face da nova barbárie na modernidade. Em nossa criação, mobilizamos passagens pela obra de Walter Benjamin, em especial, no que diz respeito ao seu modo de olhar para as imagens de pensamento, a linguagem, a experiência e a infância, frente a nova barbárie instituída. Com essas passagens pensamos: a reificação das relações entre professor, estudante, matemática e vida, em uma sociedade moderna, de valorização à técnica e à tecnologia atravessadas pelo dispositivo da educação matemática; a soberania de uma linguagem representacional (Mittel) que se coloca na educação matemática em detrimento de uma linguagem alegórica de apresentação (Medium); a experiência que se esfacela de modo massificado através de um saber livresco abreviado, elegendo conteúdos isentos de história marginal; e, por fim, com o filósofo alemão, que encontrava nos artistas e nas crianças formas inspiradoras de ver o mundo, pensamos na emergência de uma possibilidade de redenção na educação matemática, ao tomá-la como uma forma artística de vida, mantendo-a aberta e indeterminada, arrancando-a do poder mítico do progresso. Em um limiar de saída da constelação, apontamos para as dimensões política, estética e ética pelas quais essa tese se apresenta, na educação matemática. |
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