Saídas de emergência em edifícios: um comparativo entre os tipos de escadas previstos nas normas técnicas

Abstract

Diante do risco de acontecer um incêndio em edificações, existem normas para regulamentar e proteger tanto as pessoas quanto o patrimônio. No Brasil, cada estado possui uma normalização quanto ao projeto de proteção à incêndio. Desse modo, este trabalho de conclusão de curso se restringe apenas ao estado de Santa Catarina, analisando a Instrução Normativa (IN) 9 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC) e a Norma Técnica Brasileira (NBR) 9077, normas que tratam das saídas de emergência. Com o aumento da população e da tecnologia, os edifícios estão cada vez mais complexos. Assim, as normas técnicas devem acompanhar essas mudanças arquitetônicas, levando em consideração novos fenômenos que podem influenciar no comportamento do fogo, fumaça e seus efeitos. O projeto de proteção à incêndio é formado de medidas passivas e ativas. Entre as passivas estão as saídas de emergência e seus tipos de escada. A escolha do tipo de saída de emergência deve ser feita quanto as características do edifício de forma que não sejam subprojetadas, majorando os riscos aos usuários, ou sobreprojetadas, que não aumentam o nível de segurança, mas apenas os investimentos. O objeto deste trabalho de conclusão de curso é analisar a eficiência das principais escadas de emergência previstas nas normas técnicas brasileiras por meio de revisão bibliográfica, as análises de incêndios reais e visitas ao corpo de bombeiros de São José, Santa Catarina, o qual forneceu um caso de estudo. O principal resultado obtido foi a constatação de que as normas, mesmo atualizadas, ainda precisam de aprimoramentos, pois ainda preveem mecanismos com desempenho insatisfatório em relação ao combate à propagação da fumaça. Ademais, ainda existe a possibilidade de falha tanto humana quanto de dispositivo, que podem até mesmo piorar o desempenho dos mecanismos de proteção à incêndio.