Habilidades culinárias de participantes de uma rede alternativa de comercialização de alimentos orgânicos de Florianópolis, Santa Catarina: Associação com características pessoais e sociodemográficas

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Title: Habilidades culinárias de participantes de uma rede alternativa de comercialização de alimentos orgânicos de Florianópolis, Santa Catarina: Associação com características pessoais e sociodemográficas
Author: Lucas, Luíza Todeschini
Abstract: Redes alimentares alternativas conectam produtores e consumidores por meio da venda direta de alimentos. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre as habilidades culinárias (HC), características sociodemográficas e características culinárias pessoais de consumidores participantes de uma rede alternativa de comercialização de alimentos orgânicos de Florianópolis, Santa Catarina. O instrumento de pesquisa foi construído com auxílio da plataforma Google Forms, e enviado para ser autopreenchido de maneira online pelos participantes da rede avaliada. Foi utilizado um questionário adaptado transculturalmente e validado para o Brasil sobre habilidades culinárias. Para as características sociodemográficas foram coletadas informações sobre sexo, idade, estado civil, grau de escolaridade, ocupação, renda familiar, com quem mora e se possui filhos. Já as características culinárias pessoais foram adaptadas do questionário validado e incluíram: ocorrência de desperdício de alimentos, em qual grupo alimentar ocorre esse desperdício, considera que sabe cozinhar, com quem aprendeu a cozinhar, tempo diário disponível para cozinhar, local que realiza a principal refeição e quem é o responsável pelo preparo das refeições. Como desfechos primários foram avaliadas oito escalas de habilidades culinárias, sendo cinco escalas relacionadas à confiança, comportamento, confiança e atitude culinária e três escalas relacionadas à acessibilidade, uso e consumo de frutas, legumes e verduras (FLV). O período de coleta foi de 5 meses. Para avaliar diferenças nos escores de habilidades culinárias entre as características sociodemográficas e características culinárias pessoais utilizou-se o teste ANOVA, com post hoc de Bonferroni, ou teste-t. Para todos os testes, adotou-se um nível de significância menor que 5%. A amostra final do estudo foi de 187 consumidores com média de idade de 40,7 anos, a maioria era mulher (84%), mais da metade tinha pós-graduação completa (62%) e renda mensal acima de 7 salários mínimos (46%). As mulheres apresentaram escores maiores de comportamento culinário em casa (p=0,045) e autoeficácia em técnicas culinárias (p=0,027). Ser responsável pelo preparo das refeições em casa esteve associado com maiores escores nas escalas de atitude culinária (p=0,006) e autoeficácia em técnicas de culinária (p=0,034). Saber cozinhar teve associação com as escalas de atitude culinária (p<0,001), autoeficácia em técnicas de culinária (p<0,001), disponibilidade e acessibilidade de FLV (p=0,027) e autoeficácia do uso de FLV (p<0,001). Os consumidores casados ou que viviam em união estável apresentaram escores maiores de disponibilidade e acessibilidade de FLV (p=0,031), assim como 6 os consumidores que possuíam filhos (p=0,014). Os participantes que referiram desperdiçar menos alimentos da cesta apresentaram maiores médias nas escalas de atitude culinária (p=0,008), autoeficácia em técnicas de culinária (p=0,008), disponibilidade e acessibilidade de FLV (p= 0,004); autoeficácia do uso de FLV (p= 0,0005) e autoeficácia no consumo de FLV (p <0,001). Participantes que relataram saber cozinhar apresentaram maiores médias em atitude culinária (p<0,001), comportamento culinário fora de casa (p<0,001), disponibilidade e acessibilidade de FLV (p=0,027) e autoeficácia do uso de FLV (p<0,001). Os consumidores que relataram realizar a principal refeição em casa apresentaram maior média em atitude culinária (p=0,017). Já os consumidores que referiram fazer a principal refeição fora de casa tiveram maior média com comportamento culinário fora de casa (p<0,001). Os consumidores avaliados possuíam altos escores de habilidades culinárias e várias características individuais foram associadas com maiores HC e práticas alimentares saudáveis entre os participantes. Não desperdiçar alimentos e saber cozinhar foram as características com maior número de escalas associadas. Os resultados podem direcionar estratégias para o aumento das HC entre os participantes, além de ações para o estímulo a práticas alimentares saudáveis e redução do desperdício de alimentos.
Description: TCC(graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Nutrição.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223187
Date: 2021-05-18


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