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Introdução: A violência contra a mulher é considerada pela Organização Mundial de Saúde um problema de saúde pública, uma epidemia mundial. Existem diversas formas de violência, como: física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. O profissional de enfermagem bem capacitado, atua na tentativa de quebrar o ciclo de violência através de ações. A atenção primária à saúde, é um local para a detecção precoce do problema, pelo vínculo do serviço com a usuária. Tendo esse conhecimento, a questão norteadora é: quais são os cuidados de enfermagem, no âmbito da Atenção Primária, voltados a mulher que sofre violência? Objetivo: Analisar, na literatura nacional e internacional, a produção científica referente aos cuidados de enfermagem, no âmbito da atenção primária à saúde, voltadas às mulheres em situação de violência. Método: Uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados BDENF, CINAHL, COCHRANE Library, LILACS, PubMed/MEDLINE, SciELO, EMBASE, Scopus e Web of Science. Critérios de inclusão: estudos de pesquisa qualitativa ou quantitativa, relatos de experiência sobre atuação/assistência individual e coletiva à família, com acesso ao texto completo voltado para a mulher não-gestante, sem período de tempo estipulado, nos idiomas: português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra e gratuitos. E critérios de exclusão: estudos com participantes/sujeitos crianças, adolescentes, gestantes e/ou idosos, cartas, anais de eventos, conferências, editoriais de revista, jornais, livros, protocolos, artigos de revisão, teses e dissertações. A busca partiu de palavras chaves e descritores Saúde da Mulher, Violência contra a mulher, Cuidados de Enfermagem e Atenção Primária à Saúde. Resultados: Identificados 1046 estudos nas 9 bases de dados investigadas, 500 artigos estavam duplicados, restando 546 manuscritos. Foram analisados os títulos dos artigos resultando em 226 artigos selecionados para a próxima seleção. Então realizou-se a leitura dos resumos, permanecendo 87 artigos selecionados para sua leitura na íntegra, 79 artigos não foram selecionados, restando 8 artigos para o estudo de revisão. Esses estudos trouxeram ações de enfermagem que melhoram a qualidade de vida das vítimas, a partir do vínculo, acolhimento, escuta qualificada, empoderamento, notificação e educação permanente. Também apontaram dificultadores no manejo da situação refletidos na subnotificação, silêncio das vítimas e despreparo profissional. Conclusão: As ações de enfermagem promovem apoio no enfrentamento, melhoria na qualidade de vida, conhecimento dos direitos, autoestima, autonomia e libertação dos relacionamentos violentos, já os dificultadores ao manejo são obstáculos no enfrentamento. |
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