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Fatores individuais modificáveis do estilo de vida, como a atividade física e hábitos saudáveis apresentam-se como os mais próximos dos profissionais de Educação Física quanto à orientação de como prevenir o excesso de adiposidade. Diferentes contextos de atividade física cercam os adolescentes e entender como se relacionam com a distribuição de adiposidade periférica, central e geral pode ser oportuno para identificação dos grupos de risco e o planejamento de intervenções de combate ao sobrepeso e a obesidade por meio do estímulo da prática regular de atividade física. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar a associação de diferentes contextos de atividade física (aulas de Educação Física, recreio escolar, deslocamento, tempo de lazer e participação em equipe esportiva) com a adiposidade periférica, central e geral em adolescentes estudantes do ensino médio de uma cidade no Sul do Brasil. Estudo transversal com a participação de 1.132 adolescentes (14-19 anos) de ambos os sexos, do município de São José, Santa Catarina. As variáveis dependentes foram a adiposidade periférica obtida por meio da dobra cutâneas do tríceps, adiposidade central investigada por meio da dobra cutânea subescapular e foram classificadas em elevadas a partir do percentil 90 da distribuição de referência do Centers for Disease Control and Prevention. A adiposidade geral foi investigada pela combinação das dobras cutâneas tricipital e subescapular e considerada elevada quando estavam acima do percentil 90, simultaneamente. Os diferentes contextos da atividade física foram investigados por meio de questionário autorreferido. As variáveis de controle foram idade, nível econômico, turno de estudo e maturação sexual. Foi empregada a regressão logística binária com nível de significância p<0,05. As prevalências de excesso de adiposidade periférica, central e geral foram 43,4%, 61,5% e 39,2%, respectivamente, para os adolescentes do sexo masculino e 56,6%, 38,5% e 60,8%, respectivamente para o sexo feminino. As adolescentes do sexo feminino durante o recreio escolar apresentaram maiores chances de ter excesso de adiposidade periférica (OR: 1,53; IC95%: 0,39; 0,85) e os adolescentes do sexo masculino inativos no tempo de lazer apresentaram maiores chances de ter excesso de adiposidade periférica (OR: 3,10; IC95%: 1,56; 6,13) central (OR: 2,38; IC95%: 1,08; 5,26) e geral (OR: 2,25; IC95%: 1,17; 4,50). Portando, conclui-se que adolescentes do sexo feminino apresentaram maiores prevalências de excesso de adiposidade periférica quando inativas durante o recreio escolar. O sexo masculino inativo no lazer apresentou maiores chances de excesso de adiposidade periférica, central e geral. |
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