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A candidíase vulvovaginal é uma infecção fúngica oportunista e endógena causada pelo gênero Candida. É considerada a segunda infecção vaginal mais comum e causa prurido, disúria, dor na relação sexual, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva. Casos de resistência antifúngica são comuns devido a formação de biofilmes e bombas de efluxo específicas. O tratamento da candidíase é realizado principalmente com fármacos da classe dos azóis e dos polienos, com administração local ou oral. A via oral ainda é a mais utilizada e apresenta maior aceitação entre as pacientes, porém, além de ser contraindicada para gestantes, resulta em diversos efeitos colaterais, toxicidade e interações medicamentosas. Assim, rotas de administração alternativas e tratamentos locais deveriam ser priorizados. Óleos essenciais, ácido bórico e probióticos aparecem como agentes terapêuticos alternativos em vários estudos. As formulações de ação local apresentam diversas vantagens em relação as orais, como facilidade de aplicação, controle da liberação, maior concentração local do fármaco, aumento da eficácia, maior probabilidade de adesão ao tratamento e evita os efeitos sistêmicos indesejáveis. Atualmente, no Brasil, as formulações disponíveis comercialmente para tratamento local incluem fármacos isolados ou combinados. Os azóis representam a classe preponderante e, em relação as formas farmacêuticas, existem poucas variações, predominantemente cremes vaginais. As principais limitações destas formulações incluem desconforto, falta de uniformidade da dose, aumento da frequência de administração, baixa biodisponibilidade e baixa adesão ao tratamento pela paciente. Assim, novas estratégias tecnológicas têm sido propostas, particularmente o preparo de hidrogéis e nanopartículas. Dependendo dos materiais selecionados, estas formulações podem aumentar o tempo de residência da formulação no canal vaginal, a solubilidade e biodisponibilidade de fármacos. |
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