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Abstract:
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Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é o segundo causador de morte e incapacidade física no mundo. Estima-se que em torno de 90% das pessoas que sobreviveram ao AVE fiquem com alguma sequela funcional. Os acometimentos do AVE podem variar de acordo com a localização da lesão, bem como sua extensão. Indivíduos com sintomas de ansiedade e depressão são comuns pós-AVE. Objetivo: Identificar as características sociodemográficas, a presença de sintomas de ansiedade e depressão e se existe correlação entre independência funcional e sintomas de ansiedade e depressão em indivíduos pós-AVE crônicos. Método: Trata-se de um estudo descritivo e analítico transversal, quantitativo. A amostra incluída nesta pesquisa contou com indivíduos com sequelas de AVE crônico (mais de seis meses de acometimento) cadastrados nas UBS de Araranguá. Os indivíduos que formaram a amostra foram selecionados de maneira não probabilística intencional que se enquadraram nos critérios de inclusão e exclusão e aceitaram participar do estudo. Os instrumentos que foram utilizados para a avaliação da população foi: a ficha de informações do paciente com AVE, a Medida de Independência Funcional (MIF), a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e o Mini Exame de Estado Mental (MEEM). Resultados: Foram avaliados 57 indivíduos, com média de idade de 68,5±11,3 anos, sendo 50,9% do sexo masculino e 86% da amostra não completaram o ensino fundamental. Com relação a pontuação obtida na escala MIF, 57,9% dos indivíduos tem dependência modificada, necessitando de até 25% de assistência para realizar as atividades de vida diária (AVD). 56,1% dos participantes do estudo apresentaram sintomas de ansiedade e 54,4% de depressão. A amostra deste estudo apresenta diferença significativa nos itens vestir, metade superior e inferior, utilização do vaso sanitário, controle de fezes, mobilidade no vaso sanitário, marcha, MIF total motor, memória e MIF total quando comparado aos indivíduos que têm sintomas de ansiedade e/ou depressão com os que não tem sintomas de ansiedade e/ou depressão. No item independência em vestir metade superior do corpo observou-se que os indivíduos que tiveram sintomas de ansiedade e depressão necessitaram de auxílio físico e na marcha as pessoas que apresentaram sintomas de ansiedade necessitaram de suporte físico. Foi observado correlação significativa entre HADS e MIF cognição (ρ=-0,40; ρ<0,01). Conclusão: a correlação entre a presença de sintomas de ansiedade e depressão e à dependência funcional foi fraca nesta amostra, por isto ressaltamos que são necessários mais estudos, com amostra maior, com diferentes períodos de recuperação pós-AVE e com acompanhamento longitudinal. |
