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Introdução: O processo de doação de órgãos e tecidos necessita do envolvimento de vários profissionais da saúde. Os profissionais integrantes das Centrais Nacional e Estaduais de Transplantes são responsáveis pela logística e distribuição de órgãos e tecidos em âmbito Nacional e Estadual, respectivamente. Objetivo: Identificar o perfil e processo de trabalho dos profissionais atuantes nas centrais nacional e estaduais de transplante. Método:Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, quantitativa, realizada com 34 profissionais atuantes nas centrais de transplantes. A coleta de dados foi realizada entre junho a setembro de 2020, por meio de um questionário eletrônico elaborado na ferramenta Google forms, composto por 27 questões, que foram validadas por dois enfermeiros atuantes na área de doação e transplantes.Os dados foram organizados em planilha do Excel e, posteriormente, analisados por meio da estatística descritiva, utilizando as frequências relativas (percentuais), frequência absoluta (n). Após a análise, os dados foram apresentados em forma de quadro, tabelas ou gráficos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética de referência da instituição proponente sob o número do parecer 3.908.798 e Certificado de Apresentação e Apreciação Ética (CAAE) número 26203119.00000.0121. Resultados: Participaram do estudo 34 profissionais, sendo 33 atuantes nas centrais estaduais de transplante e um profissional da central nacional de transplante. A análise evidenciou que 31(91,2%) são do gênero femino, 16 (47,0%) estão na faixa etária entre 30-40 anos, as equipes das centrais de transplantes são compostas principalmente por enfermeiros (73,5%), com tempo de formação entre 11 e 20 anos (41,2%) e atuação nas centrais entre 5 a 10 anos (44,1%). Em relação às atividades desenvolvidas, as atividades de gestão foram as mais citadas, sendo destacadas as atividades de captação e distribuição de órgãos e tecidos 14 (41,1%) e articulação com as equipes de transplantes, SES, e demais colaboradores 14 (41,1%), seguido por atividades de assistência, e por fim atividades de educação. Também foi possível evidenciar os impactos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2. Os impactos relacionados à gestão foram citados 33 (97%) vezes, os impactos na assistência 30 (88,2%) vezes e na educação foi citado duas (5,8%) vezes. O processo de trabalho dos profissionais atuantes nas centrais de transplante foram as mais impactadas pela pandemia, sendo citado por 14 (20,5%) participantes, seguido pela queda no número de potenciais doadores citado por 13 (38,2%) participantes. Considerações finais: A partir deste estudo foi possível evidenciar quem são os profissionais atuantes nas Centrais de Transplantes. O enfermeiro destaca-se como integrante das equipes das centrais. As atividades de gestão, foram as mais citadas como atribuições dos profissionais atuantes nas centrais, sendo: Atividades relacionadas a logística, articulação com as equipes de transplantes, SES e demais colaboradores, credenciamento e recredenciamento das equipes e gerenciamento do cadastro técnico único. Também foi possível evidenciar os impactos negativos causados pela pandemia de COVID-19 no processo de trabalho dos profissionais. |
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