Razões de pais de escolares com deficiência para matricular seus filhos em Programas de intervenção motora em Florianópolis - SC

Abstract

Historicamente as pessoas com deficiências são vistas como incapazes de levar uma vida independente, por séculos esta visão se manteve no campo educacional, mais especificamente no campo da Educação Física. No entanto, grandes avanços foram realizados, dessa forma, a Educação Física Escolar tem se tornado de grande importância para a promoção de saúde para os escolares, tornando-se um meio para a adoção de hábitos saudáveis. Contudo, muitos aspectos voltados a qualidade de vida, a prática de atividade física e ao desenvolvimento de habilidades motoras ainda são difíceis de serem alcançados, dessa forma, notou-se a necessidade de programas de intervenção motora serem desenvolvidos, pois é somente com as habilidades fundamentais de locomoção, manipulação e estabilidade que o ser humano consegue obter capacidades motoras para realizar atividades físicas no futuro. Deste modo, o presente estudo objetivou analisar as razões dos pais ou responsáveis para matricular crianças com deficiência em idade escolar em programas de intervenção motora, em uma unidade de Florianópolis-SC. Como fonte de dados, foram feitas entrevistas semiestruturadas, com quatro mães que tem seus filhos matriculados no programa de intervenção motora e em uma unidade de ensino básico. Os dados foram interpretados como base no método de análise de conteúdo, proposto por Bardin (2009), no qual categorias foram criadas tendo em base os objetivos do trabalho, com a finalidade de direcionamento ao roteiro de entrevista. Ao final do processo foi possível constatar que há inúmeras razões pelas quais os pais matriculam seus filhos em programas de intervenção motora. Dentre as razões encontram-se: a busca por uma melhor qualidade de vida e o bem-estar; melhora no comportamento e na concentração; busca por uma atividade física e ampliação das questões motoras; atendimento individualizado voltado às necessidades da criança.

Historically, people with disabilities are seen as incapable of leading an independent life, for centuries this view has remained in the educational field, more specifically in the field of Physical Education. However, great advances have been made, in this way, school Physical Education has became a strong source of health promotion for students, becoming a path for the adoption of healthy habits. However, many aspects related to quality of life, the practice of physical activity and the development of motor skills are still difficult to be achieved, thus, it was noted the need for motor intervention programs to be developed, as it is only with the skills fundamental locomotion, manipulation and stability that human beings are able to obtain motor skills to perform physical activities in the future. Thus, the present study aimed to analyze the reasons of parents or guardians to enroll children with disabilities at school age in motor intervention programs, in a unit in Florianópolis-SC. As a source of data, semi-structured interviews were conducted with 4 mothers who have their child enrolled in the motor intervention program and in a basic education unit. The data were interpreted as a basis for the content analysis method, proposed by Bardin (2009), in which categories were created based on the objectives of the work, with the purpose of directing the interview script. At the end of the process, it was found that there are numerous reasons why parents enroll their children in motor intervention programs. Among the reasons are quality of life and well-being; improvement in behavior and concentration; search for physical activity and expansion of motor issues; individualized care geared to the child's needs.