Revisão sobre os impactos antrópicos em Procellariiformes no Oceano Atlântico Sul

Abstract

A ação humana é um conjunto de atividades que pode causar impacto gerando alterações no funcionamento natural do ambiente; e os oceanos são um dos habitats que mais sofrem com tais atividades. No ambiente pelágico, um dos grupos de aves mais presentes são os Procellariiformes, portanto estão mais suscetíveis às interferências causadas pelos seres humanos, entre elas a poluição marinha e as práticas de pesca. Com o intuito de compreender a relação das ações humanas e os Procellariiformes, esta revisão bibliográfica teve como objetivo avaliar os impactos antrópicos em Procellariiformes, no Oceano Atlântico Sul. Para tanto, foi preciso identificar os impactos antrópicos predominantes nos Procellariiformes que transitam pelo Atlântico Sul, analisar as famílias mais afetadas por essas atividades e reconhecer as espécies mais atingidas. Através de pesquisas em bancos de dados foram encontradas 39 publicações referentes ao tema que geraram os dados básicos da presente revisão. As influências antrópicas mais prevalentes foram as práticas da pesca, com evidência para a de espinhel, seguida da poluição por plástico. As famílias com registros em todos os tipos de influências antrópicas encontradas foram Procellariidae e Diomedeidae. Com um total de 36 espécies, as cinco com maiores registros nos trabalhos foram: Thalassarche melanophris, Procellaria aequinoctialis, Puffinus gravis, Thalassarche chlororhynchos e Procellaria conspicillata. A pesca de espinhel foi comum a todas essas espécies, que não por acaso estão na lista de espécies ameaçadas de extinção da IUCN. Precisamente, a prática da pesca de espinhel foi o impacto antrópico mais predominante nos Procellariiformes.