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O funcionamento dos rins é essencial para o equilíbrio de todo o organismo, porém,
existem agravos que podem prejudicar sua função e evoluir para condições graves,
inclusive o óbito. Uma dessas condições é a Doença Renal Crônica (DRC), uma
lesão renal de evolução lenta e silenciosa, capaz de levar à total perda de função
dos rins decorrente do comprometimento estrutural e atrofia dos néfrons. O
consenso internacional da DRC a define como o comprometimento por três meses
ou mais, com taxa de filtração glomerular (TFG) abaixo de 60 mL/min/1,73m2. Este
estudo foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar o perfil epidemiológico dos
indivíduos internados com DRC na rede pública da Grande Florianópolis. Procedeuse um estudo descritivo exploratório com dados secundários obtidos na plataforma
DATASUS. Os dados coletados no presente estudo de cidades da Região da
Grande Florianópolis mostraram a frequência absoluta de 4.117 internações com
uma média de 465 ao ano, 80,3% do total na cidade de Florianópolis, 16,8% em
São José, enquanto os outros 12 municípios concentram 2,9% das internações no
período. Os óbitos verificados totalizaram 551 em 11 anos (10,77% dos pacientes
internados por DRC foram a óbito), uma média de 50,09 casos ao ano, dos quais
63,34% ocorreram em Florianópolis, 30,67% em São José e 5,99% nos demais 12
municípios. Verificou-se que 59,35% das internações foram de pacientes do sexo
masculino. As faixas etárias de maior prevalência foram de 60 a 69 anos (19,93%);
de 50 a 59 anos (18,72%) e de 70 a 79 anos (13,58%), totalizando 52,23%. |
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