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O presente estudo surge em virtude de debates que se fazem presentes na
sociedade sobre a sexualidade/gravidez na adolescência, que na maioria das vezes
é vista sob a perspectiva do risco/ vitimização, e não ao respeito aos seus direitos
adquiridos, aparecendo apenas como um modelo de controle moral sobre os corpos.
Desta forma, a ideia é tratar a questão da gravidez na adolescência baseado em
princípios de proteção social em que tendem a direcionar uma nova perspectiva de
atuação do Assistente Social junto a esse público, priorizando o dever do Estado,
autonomia e liberdade da adolescente no exercício de direitos. A elaboração deste
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem ampla relação com a prática do estágio
curricular obrigatório I e II, realizado de março a dezembro de 2019, em conjunto
com o Serviço Social do Hospital Maternidade Carmela Dutra. O objetivo geral deste
trabalho é discutir a proteção social para adolescentes puérperas, e consiste em
apresentar a Rede de Proteção Social voltada às adolescentes puérperas do
município de Florianópolis/SC, que passam pela maternidade e, em específicos
usufruem da rede de proteção no que tange à saúde, à educação e à assistência
social. A metodologia do estudo foi baseada em uma revisão de literatura e vem de
encontro como prisma de análise do que se considera proteção social em específico
ao público escolhido. Entende-se que o tema não é novo, haja vista que, já vem
sendo abordado desde a Constituição Federal de 1988, todavia, ainda não foi
analisado de forma específica nos TCCs realizados por estagiários da área do
Serviço Social que passaram pela maternidade. Por conta disso, o questionamento
que vem à tona, trata da maneira como as adolescentes são protegidas nesta etapa
de suas vidas. Sucintamente, com esse estudo se pretende colaborar com a
discussão das redes de proteção existentes, mas no contexto de entender
adolescentes puérperas ainda enquanto adolescentes e não “mães”, ou seja, põe
em xeque a grande questão de como são consideradas e acolhidas pelos serviços
sociais das políticas sociais, mantendo o ideário como já mencionado como
adolescentes sujeitos de direitos. Como resultados pode-se perceber que as
adolescentes ao receberem auxílio do profissional de da Assistência Social se
sentem mais seguras e conscientes de seus direitos adquiridos. Pode-se concluir
que, o profissional Assistente Social possui um papel exatamente importante no
atendimento de adolescentes puérperas, e nos serviços de saúde e assistência
relacionados a este público, uma vez que contribui para o bem-estar das
adolescentes durante este ciclo, assegurando o direito à proteção social quando do
acesso aos serviços sociais. |
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