Adoecimento e à falta ao trabalho dos professores num município pequeno em Santa Catarina

Abstract

O adoecimento e falta do professor em sala de aula é sempre motivo de transtorno para os alunos e para os gestores da educação. A maioria dos trabalhos que abordam esta temática consideram realidades de municípios maiores ou de metrópoles, portanto faz-se necessário observar como essa realidade se manifesta em um município pequeno. Este estudo procura identificar os motivos que levam os professores ao adoecimento e a falta ao trabalho no município de Pomerode - Santa Catarina. Foram consideradas publicações acerca do adoecimento do professor, o que faz com que esse não compareça ao trabalho, deixando assim de cumprir seu papel na educação básica. Foram analisados os atestados médicos apresentados pelos professores da rede municipal de ensino que atende a educação infantil e o ensino fundamental. Na análise, são quantificados os professores que apresentaram atestado médico, qual o vínculo dos mesmos com o município, quantos são efetivos no cargo e quantos são ACT (Admitidos em Caráter Temporário), qual a área de atuação (disciplina) do professor que apresentou atestado médico, quais atestados médicos têm anotação da CID (Classificação Internacional de Doenças) e quais não têm. Também é feito relato e quantificação de todas as tipologias de doenças anotadas nos atestados médicos. Como resultado, observou-se que os professores adoecem mais por problemas do aparelho respiratório do que outras patologias observadas em estudos de municípios maiores que apontam prevalentemente as doenças de transtornos mentais e comportamentais, também aparentes nesta realidade singular, sem no entanto ser prevalente. A análise detalhada dos motivos do adoecimento do professor contribui para que o gestor possa pensar e implementar políticas de recursos humanos que minimizem a incidência do adoecimento do professor e o professor repense sua prática, cuide de sua saúde e valorize sua atividade profissional.