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O conhecimento e a caracterização de novas regiões vitivinícolas no Brasil, que apresentam potencialidades para a elaboração de vinhos, são fundamentais para a expansão e consolidação da vitivinicultura no País. No Estado de Santa Catarina os vinhos eram produzidos principalmente a partir de espécies americanas (Vitis labrusca) ou de híbridos interespecíficos, contudo, a partir de 1998 ocorreu um aumento no plantio de variedades europeias (Vitis vinifera). Apesar de essas possuírem elevado potencial enológico, são suscetíveis a estresses bióticos, o que aumenta o uso do controle químico. Com o intuito de agregar características de resistência, presentes em variedades americanas, à qualidade enológica das variedades europeias, programas de melhoramento desenvolveram as variedades PIWI (do alemão: Pilzwiderstandsfähige, "resistentes a doenças fúngicas"). Diante do exposto, o presente trabalho visa estudar características morfológicas de folhas e químicas dos mostos das variedades PIWI Aromera, Calardis Blanc e Felicia, resistentes ao míldio (Plasmopara viticola) e ao oídio (Erysiphe necator), provenientes de Água Doce (26°59’52”S 51°33’22”W e 1329 m de altitude), Curitibanos (27°16’58”S 50°35’04”W e 987 m de altitude) e Videira (27°00’30”S 51°09’06”W e 750 m de altitude), municípios do Estado de Santa Catarina, no ciclo 2019/2020. Foram realizadas análises abrangendo densidade estomática, microscopia óptica e ainda serão realizadas análises de microscopia confocal e de qualificação de compostos fenólicos dos mostos. Foi possivel notar que baixa altitude, apresentou uma maior área foliar, contendo 210.88 cm², dessa maneira, apresentou um maior sombremanto e desfavoreceu a entrada de radiação no vinhedo, em contra partida, alta altitude está relacionada com temperaturas mais amenas, apresentando uma área foliar menor, 171.11 cm², facilitando a entrada de radiação no vinhedo. Além disso, ventos fortes interferem na densidade estomática. Baixa altitude apresentou ventos mais amenos, consequentemente uma maior densidade estomática, contendo 124.77mm2, em contra partida, alta altitude, apresentou ventos mais fortes e uma menor densidade estomática, 58.08mm2. Conclui-se que as diferentes altitudes estudadas, por apresentam difrenças nas condições climáticas, modificam a anatomia das folhas e influenciam no desenvolvimento das variedades. |
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