dc.description.abstract |
No Brasil, Tubastraea spp. (Scleractinea; Dendrophyliidae), foram introduzidas através da bioincrustação em plataformas petrolíferas e/ou navios de perfuração no fim dos anos 80. Atualmente, esses corais, conhecidos como coral-sol, são encontrados em plataformas de petróleo, navios de perfuração, monobóias, costões rochosos e recifes ao longo de mais de 3000 km da costa brasileira. O coral-sol apresenta uma notável capacidade de dispersão e invasão, impactando costões e recifes de coral por competição com espécies nativas. Considerando a grande dimensão dos impactos em águas brasileiras, a invasão do coral-sol foi alvo do Plano Nacional de Prevenção, organizado em 2017 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em parceria com especialistas e o setor privado. O coral-sol vem sendo estudado em outras regiões e principalmente onde a invasão começou, no Rio de Janeiro, no entanto seu potencial invasor relacionado à preditores antrópicos ainda é desconhecido. Além disso, ações de manejo do coral-sol vêm sendo realizadas em diversas regiões, porém essa atividade necessita de subsídios para um direcionamento mais eficiente de esforços e recursos. Neste sentido a modelagem espacial da adequabilidade de habitat, ou modelagem de nicho, desempenha um papel importante em prever espacialmente o potencial de invasão e proliferação de espécies exóticas no ambiente possibilitando que as ações de controle sejam direcionadas para os locais com maior potencial de assentamento. Assim, os principais resultados obtidos com a realização deste projeto são uma revisão sistemática de ocorrências da espécie na costa brasileira, em que foram analisados 138 artigos e extraídos 49 registros de ausência e 335 de ocorrências de Tubastraea spp., e a conferência, edição e produção dos preditores antrópicos em SIG, dentre eles mudanças climáticas, desenvolvimento costeiro, extração de óleo e gás, portos e bóias e naufrágios, para posterior modelagem de adequabilidade de habitat do coral-sol. Os produtos gerados serão úteis para as decisões de controle e monitoramento da invasão no Brasil. |
pt_BR |