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Este plano de atividades refere-se ao um estudo de natureza geolinguística desenvolvido com base no corpus do Projeto ALiB e visa dar continuidade ao trabalho que está sendo realizado para mapeamento das variantes lexicais das questões 50 e 51 do Questionário Semântico-Lexical em todo o Brasil, cujo caput refere-se, respectivamente, à mandioca/aipim/macaxeira e mandioca brava. O trabalho, portanto, complementa análises prévias realizadas ou em realização com os dados de outras regiões administrativas e contribui para os volumes futuros do Atlas Linguístico do Brasil que tratarão dos dados do interior (volumes 6 e 7 em elaboração).
Nesse plano de atividades, são estudados os dados da Região Nordeste do país, referente à rede de pontos que engloba 78 municípios, junto a 312 informantes de ensino fundamental de escolaridade, distribuídos, equitativamente, entre os ambos os sexos e duas faixas etárias (Faixa I: 18 a 30 anos/ Faixa II: 50 a 65 anos). Os dados são tratados quantitativa e qualitativamente por meio de gráficos, tabelas, cartas linguísticas, consulta a obras lexicográficas, trabalhos monográficos e atlas linguísticos, com o objetivo de discutir a distribuição diatópica dos designativos.
No corpus analisado, a questão 50: “...aquela raiz branca por dentro, coberta por uma casca marrom, que se cozinha para comer?” apresenta um total de 401 registros. A forma majoritária é a variante macaxeira, com 220 registros, seguida da forma aipim, com 87 ocorrências e mandioca, com 76 registros. É importante destacar que na Bahia há uma predominância para aipim na região leste e mandioca para a região oeste. Já para a questão 51: ... “... uma raiz parecida com___ (cf. item 50) que não serve para comer e se rala para fazer farinha (polvilho, goma)?” apresenta um total de 311 registros. A forma majoritária é a variante mandioca, com 276 registros, seguida da forma mandioca brava, com 17 ocorrências e macaxeira, com 7 registros. Destaca-se que na Bahia há uma predominância para mandioca brava na região oeste.
O Projeto ALiB, por se tratar de uma pesquisa de grande vergadura, necessita da colaboração e inserção de graduandos neste tipo de pesquisa, sobretudo, pelas tarefas de transcrição de dados orais que demandam tempo e treinamento específico para o bom andamento do Projeto na UFSC. Assim, as atividades básicas do plano estão descritas no cronograma e envolvem participação em reuniões com orientador e equipe do Projeto, leituras e fichamento do referencial teórico sobre Geolinguística/Dialetologia, transcrição/revisão e levantamento de dados, uso de ferramenta computacional para armazenamento e cartografia dos dados, elaboração de resumos para participação em eventos, elaboração de artigo científico entre outras atividades. |
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