Abstract:
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Introdução: Mediante a rápida disseminação do SARS-CoV-2, especialmente em pacientes idosos, é imperativo que se desenvolvam estratégias para o combate à doença e suas sequelas. A condição clínica agravada do paciente com COVID-19, comumente, exige a internação em unidades de terapia intensiva. A pandemia de coronavírus COVID-19 aumentou o número de pacientes que necessitam de traqueostomia; intubação orotraqueal e ventilação mecânica prolongada. Esses procedimentos médicos visam estabelecer o controle definitivo da via aérea, sendo comuns nas unidades de terapia intensiva, e podem ocasionar danos, supra e infra glóticos, que implicam no comprometimento da deglutição dos pacientes. Assim, as desordens de deglutição, também conhecidas como disfagia, são previstas em grande parte dos indivíduos com COVID-19. Para os pacientes com disfagia é indicada a reabilitação da deglutição e uso de via alternativa de alimentação, a fim de se evitar complicações de saúde como pneumonia aspirativa, desnutrição e desidratação. O diagnóstico fonoaudiológico auxilia na indicação da via alternativa de alimentação e o tempo de uso pode ser prolongado de acordo com a gravidade da disfagia. Método: Foi realizada uma revisão sistemática foi conduzida conforme as recomendações PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses) (Moher et al., 2015), que inclui o período de 2020 a 2021, considerando a pandemia apela Covid 19. As bases de dados eletrônicas MEDLINE (Pubmed), LILACS, SCIELO, SCOPUS, WEB OF SCIENCE e BIREME foram utulizadas e a pesquisa não teve restrição de idioma, período e localização. Resultados: Foram identificados XXX artigos com potencial para inclusão, sendo que três corresponderam aos critérios de inclusão definidos e à pergunta norteadora. Pacientes com COVID-19 internados na UTI podem apresentar episódios de aspiração silenciosa, resíduo após deglutição em valécula e hipofaringe, comprometimento do movimento das cordas vocais, edema na região de aritenóide, sendo portanto necessário modificações de consistência, uso de via alternativa de alimentação e terapia fonoaudiológica durante a internação.
Conclusão: As complicações ocasionadas pela COVID-19 ainda são pouco conhecidas devido a atualidade do tema e, consequentemente, a escassez de estudos relacionados. Entretanto, pesquisas desenvolvidas já demonstram a relação entre a disfagia e a COVID em decorrência dos problemas respiratórios recorrentes nesta doença. |