dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Nodari, Rubens Onofre |
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dc.contributor.author |
Munarini, Anderson |
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dc.date.accessioned |
2021-08-23T13:58:35Z |
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dc.date.available |
2021-08-23T13:58:35Z |
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dc.date.issued |
2020 |
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dc.identifier.other |
371667 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226737 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2020. |
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dc.description.abstract |
A seleção e o melhoramento de plantas vêm sendo realizado á milhares de anos, inicialmente pelos coletores-caçadores-domesticadores e, posteriormente, pelos agricultores. Estas atividades, que vem sendo transmitidas de geração a geração, proporcionaram tanto o desenvolvimento de milhares de variedades crioulas (ou locais), que compõe hoje a diversidade genética na agricultura em uso, quanto à adaptação destas às condições de seus próprios cultivos. O milho é exemplo disso; as famílias camponesas preservaram a tradição do cultivo das variedades estimuladas por características culinárias, de sabor e autonomia na produção, em diversas regiões do mundo. O presente trabalho aprofundou os estudos sobre o comportamento das variedades crioulas de milho, já em uso pelos agricultores, particularmente em ambientes agroecológicos adversos, a fim de contribuir na sua conservação, bem como, avaliar os resultados da seleção massal realizados pelos próprios agricultores em populações segregantes oriundas de híbridos intervarietais de milho, visando desenvolver e disponibilizar novas variedades de polinização aberta por meio do melhoramento genético participativo. Por meio de ensaios foi constatado que a melhor época de semeadura para as variedades crioulas testadas na região oeste catarinense é setembro, que é o início da primavera. Pois além de obter-se menor incidência de tombamento de plantas e maiores ganhos em produtividade, é possível colher sementes com maior qualidade fisiológica e menor incidência de patógenos, atendendo os padrões mínimos exigidos para a cultura no Brasil. Contudo, esse período coincide com a maior produção de transgênicos na região, colocando as variedades crioulas em risco de erosão genética, seja por introgressão de transgenes ou perdas na produção caso os agricultores optem por semeaduras tardias para garantir isolamento temporal, já que a estrutura fundiária não permite o isolamento espacial. O atraso da semeadura, para evitar a contaminação dos transgenes, também promoveu a produção de sementes de baixa qualidade que não alcançariam os padrões estabelecidos pelas normas legais para serem comercializadas. Assim, a permissão do cultivo de variedades transgênicas em áreas de alta diversidade genética de variedades crioulas e com tradição de produção orgânica e agroecológica prejudica tanto os agricultores bem como os produtores de sementes orgânicas ou agroecológicas. Diante destes resultados, a expectativa é que o governo revise as normas de coexistência para o cultivo de variedades transgênicas e não transgênicas para garantir a não ocorrência da contaminação genética por transgenes. As práticas e os ensaios de melhoramento genético participativo indicaram que os agricultores têm demandas que se expressam por meio dos critérios de seleção por eles escolhidos e que não necessariamente são os mesmos dos melhoristas convencionais. As análises permitiram verificar que houve ganhos genéticos mesmo nos três ciclos de seleção, o que poderá ser bem maior com ciclos de seleção adicionais. Os resultados do melhoramento genético participativo obtidos em três ciclos de seleção demonstram que os agricultores têm habilidade de realizar seleção com sucesso. Este cenário indica que os agricultores que desejarem podem desenvolver suas próprias variedades adaptadas as condições ambientais de suas propriedades. |
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dc.description.abstract |
Abstract: The selection and improvement of plants has been carried out for thousands of years, initially by collectors-hunters-domesticators and, later, by farmers. These activities, which have been disseminated from generation to generation, have enabled both the development of thousands of landraces, which today make up the agricultural genetic diversity in use, and the adaptation of these landraces to the conditions of their own cropping environment. Corn is an example of this; peasant families preserved the tradition of cultivating varieties stimulated by culinary characteristics, flavor and autonomy in production, in different regions of the world. The present work deepened the studies on the behavior of landraces of corn, already in use by farmers, particularly in adverse agroecological environments, in order to contribute to their conservation, as well as to evaluate the results of mass selection carried out by farmers themselves in segregant populations originated from inter-corn hybrids of corn, aiming to develop and make available new local varieties of open pollination through participatory genetic breeding. Through tests it was found that the best sowing time for the corn landraces tested in the western region of Santa Catarina is September, which is the beginning of spring. Because, in addition to obtaining a lower incidence of plant tipping and greater gains in productivity, it is possible to harvest seeds with higher physiological quality and less incidence of pathogens, meeting the minimum standards required for culture in Brazil. However, this period coincides with the higher production of transgenic varieties in the region, placing the landraces at risk of genetic erosion, either by introgression of transgenes or losses in production if farmers opt for late sowing to guarantee temporal isolation, since the land structure does not allow spatial isolation. The delay in sowing, in order to avoid contamination by transgenes, also promoted the production of low-quality seeds that would not reach the standards established by legal norms to be commercialized. Thus, allowing the cultivation of transgenic varieties in areas of landrace high genetic diversity and with a tradition of organic and agroecological production harms both farmers and producers of organic or agroecological seeds. In view of these results, the expectation that the government will revise the coexistence rules for the cultivation of transgenic and non-transgenic varieties to guarantee the non-occurrence of transgene genetic contamination. Participatory genetic improvement practices and trials indicated that farmers have demands that are expressed through the selection criteria they choose and that are not necessarily the same as those of conventional breeders. Based on the analyzes made it was possible to verify that there were genetic gains even in the three selection cycles, which could be much greater with additional selection cycles. The results of participatory genetic improvement obtained in three selection cycles demonstrate that farmers have the ability to carry out selection successfully. This scenario indicates that farmers who wish can develop their own varieties adapted to the environmental conditions of their farms. |
en |
dc.format.extent |
130 p.| il., gráfs., tabs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Recursos genéticos vegetais |
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dc.subject.classification |
Sementes |
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dc.subject.classification |
Sementes |
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dc.subject.classification |
Adaptação (Biologia) |
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dc.subject.classification |
Transgenes |
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dc.title |
Indicação de época e densidade de semeadura e melhoramento genético participativo de variedades crioulas de milho zea mays |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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