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Introdução: Angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética autossômica dominante, rara, caracterizada por edema subcutâneo com alto grau de morbimortalidade (sem compreensão patogênica). Objetivo: Avaliar as características clínicas e laboratoriais dos pacientes com AEH, história familiar e a presença de mutações no gene do membro 1da família G da serpina (SERPING 1) e Fator XII da coagulação (FXII). Métodos: Estudo observacional transversal, que avaliou 45 pacientes com AEH (tipos I, II eangioedema hereditário com Proteína inibidora de C1-esterase normal (nC1-INH) no Ambulatório de Urticária e Angioedema do Núcleo de Alergia do Hospital l Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Amostras de sangue foram coletadas para análise de sequenciamento genético. Resultados: A média de idade (± DP) das crianças foi de 7,83 (± 2,56), dos adolescentes foi de 17,0 (± 2,24) e os adultos tinham 35,35 (± 12,29) anos. A maioria dos pacientes com AEH (86,67%) relataram 1 a 2 crises por mês, 57,8% apresentaram crises graves e 62,2% foram hospitalizados. A duração dos sintomas foi cerca de 3 a 5 dias em 64,4% dos pacientes e os sintomas mais comuns relatados foram: edema de extremidades (100%), edema facial (86,7%), dor abdominal (84,4%) e edema genital (75,6%). Os fatores desencadeantes mais relatados foram: trauma (78,6%), estresse e exercícios físicos (64,3%). O tratamento mais utilizado durante as crises de angioedema foram: analgésicos (84,4%), hidratação (55,6%) e ácido tranexâmico (55,6%). A profilaxia, mais utilizada, a longo prazo foi: oxandrolona (44,4%) e ácido tranexâmico (31,1%). Análise genética revelou sete variantes patogênicas no SERPING 1 e duas no FXII. Três novas mutações (c.686-1G>A, E.195delG e c.902delC) foram detectados no SERPING 1. Conclusão: Os pacientes com AEH apresentaram crises moderada a severas. As opções atuais para profilaxia ou tratamentos de crises agudas estavam, frequentemente, fora do ideal a ser utilizado, demonstrando uma abordagem abaixo do ideal para os pacientes com AEH. Este estudo contribuiu para a descoberta de três novas mutações no gene SERPING 1 até então não descritas na literatura. |
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Abstract: Background: Hereditary angioedema (HAE) is a rare autosomal dominant genetic disorder, which still lacks a clear pathogenic understanding. Objective: To evaluate the clinical manifestations and laboratory characteristics of patients with HAE, their family history of HAE and the presence of Serpin Family G Member (SERPING1) or XII Coagulation Factor (FXII)gene mutations. Methods: This study evaluated 45 patients with HAE (types I, II and HAE- Hereditary angioedema with normal C1-esterase (C1-INH) at Urticaria and Angioedema Clinic of the Allergy Center of Prof. Polydoro Ernani de São Thiago Hospital from the Federal University of Santa Catarina (HU-UFSC). Blood samples were collected for genetic sequencing analysis. Results: The mean age (±SD) of children was 7.83 (±2.56), teenagers were 17.0 (±2.24), (13 to 20 years old), and adults was 35.35 (± 12.29) years. The majority of HAE patients (86.6%) reported 1 to 2 attacks a month, 57.8% presented severe attacks and 62.2% have already been hospitalized. The duration of symptoms was around 3 to 5 days in 64.4% of patients and the most common symptoms reported were: oedema of extremities (100%), facial oedema (86.7%), abdominal pain (84.4%) and genital oedema (75.6%). Trigger factors most reported by HAE patients were: trauma (78.6%), stress and physical exercises (64.3%). The most common treatment during angioedema attacks was: analgesics (84.4%), hydration (55.6%) and tranexamic acid (55.6%). The most frequent long-term prophylaxis used were: oxandrolone (44.4%) and tranexamic acid (31.1%). Genetic analysis revealed seven pathogenic variants in the SERPING1 and two in the FXII. Three novel mutations (c.686-1G>A, c.195delG and c.902delC) were detected in SERPING1. Conclusion: Patients with HAE presented moderate to severe attacks. Current options for prophylaxis or treatments of acute attacks were often outside the accepted guidelines, demonstrating a suboptimal approach to HAE patients. This study contributes to the finding of three new mutations in the SERPING1 gene. |
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