dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Calavia Sáez, Oscar |
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dc.contributor.author |
Souza, Heloisa Regina |
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dc.date.accessioned |
2021-08-23T14:05:53Z |
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dc.date.available |
2021-08-23T14:05:53Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
371631 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226981 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
Volúpias rebeldes: natureza, política e subjetividade nos movimentos pelo parto humanizado no BrasilResumo: Este trabalho realiza uma etnografia dos debates contemporâneos sobre a reconfiguração da assistência médica à gravidez, parto e pós-parto no Brasil a partir de um estudo realizado junto às ativistas do movimento de humanização do parto e do nascimento. O tema central da tese gira em torno das relações entre política, natureza e processos de subjetivação entre mulheres de camadas média brasileiras, tomando a recente emergência de um intenso ? e extenso ? ativismo materno no país como foco de atenção. A etnografia procura captar as micro-insurgências e os modos de sentir e pensar das ?mães-ativistas?, as quais passaram a encetar um novo estilo de ativismo político em prol do chamado ?parto humanizado? no Brasil. Concedo especial relevância às suas múltiplas demandas por ?renaturalização? do parto e às questões que essas reivindicações têm colocado para a medicina convencional (lócus central da construção de uma ?defectibilidade congênita? do corpo feminino e da maternidade como ?destino? e ?essência? das mulheres), mas também para o feminismo (que sempre combateu a associação da mulher com a natureza, principalmente nos discursos médicos) e para a antropologia (que tem no binômio natureza/cultura um de seus temas fundantes). Discuto o papel da ciência nas reivindicações do movimento e a retórica da ?mudança de paradigma? na medicina obstétrica ? leitmotiv amplamente partilhado entre as ativistas ? e procuro explicitar algumas ideias sobre tecnologia, política e revolução que animam as lutas e as práticas ativistas. Por fim, procuro mostrar como mulheres e/ou casais adeptos do ?parto natural? (re)inventam metáforas de natureza e cultura a partir dos diálogos que estabelecem com a ?medicina humanizada?. Em termos teórico-metodológicos, o estudo se desenvolve a partir de uma inspiração na antropologia pós-social ou simétrica, na antropologia das ciências e das técnicas e no paradigma da objetividade feminista. |
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dc.description.abstract |
Abstract: The present work performs an ethnography of contemporary debates on the reconfiguration of medical care to pregnancy, childbirth and postpartum in Brazil from a study conducted with activists of the movement of humanization of childbirth. The central thesis?s theme revolves around the relations between politics, nature and processes of subjectivation Brazilian middle-class women, focusing on the recent emergence of an intense ? and extensive ? maternal activism in the country. The ethnography intends to capture the micro-insurgencies, the ways of feeling and thinking of \"activist mothers\", who began to wax a new style of political activism around \"humanized childbirth\" in Brazil. I grant special relevance to its multiple demands for \"renaturalization\" of childbirth and to the issues that these claims have posed not only for conventional medicine (central locus of the construction of a \"congenital defectibility\" of the female body and motherhood as \"destiny\" and \"essence\" of women), but also for feminism (which has always fought the association of women with nature, especially in medical discourses) and for anthropology (which has in the nature/culture binomial one of its founding themes). I discuss the role of science in the movement?s claims and the rhetoric of \"paradigm shift\" in obstetric medicine ? leitmotiv widely shared among activists ? and I try to explain some ideas about technology, politics and revolution that animate activist struggles and practices. Finally, I show how women and/or couples adept at \"natural childbirth\" (re)invent metaphors of nature and culture based on the dialogues they establish with \"humanized medicine\". In methodological terms, the study develops from an inspiration in postsocial or simetric anthropology, anthropology of sciences and techniques and in the paradigm of feminist objectivity. |
en |
dc.format.extent |
381 p.| il. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Antropologia social |
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dc.subject.classification |
Parto humanizado |
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dc.subject.classification |
Maternidade |
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dc.subject.classification |
Ativismo |
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dc.subject.classification |
Movimentos sociais |
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dc.subject.classification |
Ciência |
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dc.subject.classification |
Feminismo |
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dc.title |
Volúpias rebeldes: natureza, política e subjetividade nos movimentos pela humanização do parto no Brasil |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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