Associação entre fenótipos tomográficos, aspectos clínicos e funcionais respiratórios em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica

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Associação entre fenótipos tomográficos, aspectos clínicos e funcionais respiratórios em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica

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Title: Associação entre fenótipos tomográficos, aspectos clínicos e funcionais respiratórios em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica
Author: Koch, Milene Caroline
Abstract: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida pela limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível e que pode resultar em aumento na produção de muco (bronquite crônica) ou destruição tecidual (enfisema). O diagnóstico é estabelecido pela espirometria e as alterações clínicas, sendo a tomografia um exame auxiliar na caracterização da doença. Objetivos: avaliar a associação entre fenótipos tomográficos, aspectos clínicos e funcionais respiratórios em indivíduos com DPOC. Método: participaram os pacientes com DPOC integrantes do estudo FOCOS (follow-up COPD cohort study) atendidos no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, HU-UFSC. As tomografias computadorizadas (TC) foram realizadas na primeira visita do estudo, em conjunto com a avaliação clínica, aplicação de questionário de sintomas (CAT), escala de dispneia (mMRC) e espirometria. Os dados das TC foram o percentual de enfisema na inspiração, densidade do enfisema no percentil 15, porcentagem de aprisionamento aéreo, lobo pulmonar com maior acometimento pelo enfisema, avaliação da parede brônquica em corte transversal (diâmetro externo do brônquio, espessura brônquica, área interna e externa do brônquio, porcentagem de parede e Pi10-raiz quadrada da área da parede da via aérea com perímetro luminal de 10 mm) e volume pulmonar na inspiração e expiração. Foram selecionadas na literatura as cinco classificações de fenótipos tomográficos mais relevantes, pertencentes aos autores Hoesein, Fleishner, Kitaguchi, Subramanian e Han. Cada paciente do estudo foi classificado em fenótipos tomográficos com predomínio enfisematoso, de via aérea ou misto de acordo com os diferentes critérios destes cinco autores. Foram avaliadas as associações entre os fenótipos tomográficos, questionário CAT, escala de dispneia e as variáveis tomográficas. Resultados: dos 46 pacientes analisados, 26 (56,5%) eram homens, com média de idade de 64,9 anos. A maioria apresentou classificação espirométrica da GOLD moderada (17 pacientes, 37%) e GOLD B (19 pacientes, 41,3%). O fenótipo que predominou para Mohamed Hoesein e Fleischer foi o de enfisema (100%), para Kitaguchi o de via aérea (56,5%), para Subramanian o enfisematoso (80,4%) e para Han o de via aérea (43,5%). Kitaguchi demonstrou uma associação entre obesos e o fenótipo de via aérea (p=0,01) e o enfisema visual nas TC e sua mensuração quantitativa (p=0,01). Han observou uma associação entre maior gravidade espirométrica pela GOLD e os subtipos misto e de via aérea (p=0,01). Em relação às variáveis tomográficas, houve uma associação entre a relação VEF1/CVF e a porcentagem de enfisema (Pearson=-0,71) e de aprisionamento aéreo (Pearson=-0,73). Conclusão: não houve concordância entre as cinco classificações avaliadas quanto ao fenótipo predominante pelas TC. Foram identificadas associações em algumas classificações. Uma classificação identificou uma associação entre o IMC e o fenótipo de via aérea, enfisema visual e porcentagem de enfisema e outra classificação identificou uma relação entre maior gravidade espirométrica da GOLD e os fenótipos misto e de via aérea. A porcentagem do enfisema e a porcentagem de aprisionamento aéreo demonstraram associação com a relação VEF1/CVF. Não há consenso entre as diferentes classificações de fenótipos na literatura, não sendo possível afirmar qual fenótipo tomográfico é o predominante na DPOC e qual melhor se associa às variáveis clínicas e espirométricas.Abstract: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is defined as airflow limitation that is not fully reversible and can result in increased mucus production (chronic bronchitis) or tissue destruction (emphysema). The diagnosis is established by spirometry and clinical changes, with tomography being an auxiliary test in the characterization of the disease. Objectives: to evaluate the association between tomographic phenotypes, clinical and respiratory functional aspects in individuals with COPD. Method: COPD patients from the FOCOS study (follow-up COPD cohort study) attended at the Polydoro Ernani University Hospital in São Thiago, HU-UFSC participated. Computed tomography (CT) scans were performed at the first study visit, together with clinical evaluation, application of symptom questionnaire (CAT), dyspnea scale (mMRC) and spirometry. The CT data were the percentage of emphysema on inspiration, density of emphysema in the 15th percentile, percentage of air trapping, pulmonary lobe with greater involvement by emphysema, evaluation of the bronchial wall in cross-section (external diameter of the bronchus, bronchial thickness, internal areas and external of the bronchus, percentage of wall and Pi10) and lung volume at inspiration and expiration. The five most relevant classifications of tomographic phenotypes were selected in the literature, belonging to the authors Hoesein, Fleischner, Kitaguchi, Subramanian and Han. Each patient in the study was classified into CT phenotypes with a predominance of emphysematous, airway or mixed according to the different criteria of these five authors. Associations between tomographic phenotypes, CAT questionnaire, dyspnea scale and tomographic variables were evaluated. Results: of the 46 patients analyzed, 26 (56.5%) were men, with a mean age of 64.9 years. The majority had a moderate GOLD spirometric classification (17 patients, 37%) and Gold B (19 patients, 41.3%). The predominant phenotype for Mohamed Hoesein and Fleischner was emphysema (100%), for Kitaguchi the airway (56.5%), for Subramanian the emphysematous (80.4%) and for Han, the airway (43.5%). Kitaguchi demonstrated an association between obese individuals and the airway phenotype (p=0,01) and a relationship between visual emphysema on CT and its quantitative measurement (p=0,01). Han observed an association between greater GOLD spirometric severity and the mixed and airway subtypes (p=0,01). Regarding tomographic variables, there was an association between the FEV1 / FVC ratio and the percentage of emphysema (Pearson=-0,71) and air trapping (Pearson=-0,73). Conclusion: there was no agreement between the five classifications evaluated regarding the predominant CT phenotype. One classification identified association between BMI and the airway phenotype, visual emphysema and percentage of emphysema and other classification identified association between Gold's highest spirometric severity classification and the mixed and airway phenotypes. The percentage of emphysema and the percentage of air trapping demonstrated an association with the FEV1 / FVC ratio. There is no consensus among the different classifications of phenotypes in the literature, and it is not possible to state which tomographic phenotype is the predominant in COPD and which is the best associated with clinical and spirometric variables.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2021.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227007
Date: 2021


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