dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Benedetti, Tânia Bertoldo |
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dc.contributor.author |
Tomicki, Camila |
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dc.date.accessioned |
2021-08-23T14:06:17Z |
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dc.date.available |
2021-08-23T14:06:17Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
372820 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227009 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da implementação do ?Programa Vida Ativa Melhorando a Saúde ? VAMOS?, versão 2.0, na Atenção Primária à Saúde (APS) de Florianópolis, Santa Catarina - Brasil, considerando a renda (local) e o ambiente construído (acesso aos locais para prática de atividade física e alimentação saudável). Realizamos um ensaio pragmático, com métodos mistos, baseado na ferramenta RE-AIM. O Programa VAMOS, versão 2.0, foi implementado na APS entre 2016 e 2019 e sua intervenção foi conduzida por profissionais de Educação Física treinados e certificados. A amostra foi constituída por profissionais da saúde (multiplicadores da intervenção, gestores e demais profissionais da APS) (n = 33) e usuários da APS (n = 317) e a coleta de dados foi composta de entrevistas, grupos focais e medidas objetivas (acelerometria e antropometria). Para testar as associações da renda e do ambiente construído, utilizamos dados secundários (censo demográfico, inquérito telefônico, rede de ruas de Florianópolis e mapeamento dos espaços públicos de lazer e dos estabelecimentos comerciais de alimentos de Florianópolis). Além disso, realizamos três tipos de análise: qualitativa (NVivo 12), quantitativa (SPSS 22) e geoespacial (ArcGIS 10.5). Os resultados estão apresentados em cinco artigos. No primeiro artigo, descrevemos o design e o método da intervenção do Programa VAMOS, implementada na APS. A intervenção é direcionada para usuários da APS brasileira e visa motivá-los a adotarem um estilo de vida ativo e saudável por meio da atividade física e alimentação. O Programa VAMOS segue um design de intervenção respaldado nas dimensões da ferramenta RE-AIM (Alcance; Efetividade, Adoção; Implementação e; Manutenção). No segundo artigo, analisamos a adoção do Programa VAMOS pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelos profissionais da saúde treinados e certificados no Programa VAMOS. A adoção foi de 25% entre as UBS e 80% entre os profissionais da saúde. Três temas estiveram relacionados ao processo de adoção: percepções dos profissionais da saúde, desafios de implementação e parcerias. Constatamos que fatores organizacionais relacionados a recursos humanos e financeiros, assim como de infraestrutura são desafios que os profissionais da saúde enfrentam ao implementar ações coletivas na APS, mas que não foram fatores inerentes à adoção do Programa VAMOS. No terceiro artigo, verificamos o alcance do Programa VAMOS pelos usuários das UBS e a influência da renda e do ambiente construído nos níveis de participação e de retenção na intervenção. As taxas de alcance foram: recrutamento 2,4%; participação 78,6% e; retenção 48%. Verificamos que usuários tanto com renda baixa quanto com alta, que tinham acesso a locais para a prática de atividade física (até 1000 metros) e que residiam próximo (até 500 metros) ou mais distante (= 1501 metros) das UBS, iniciaram a participação na intervenção (p < 0,05). Em relação aos concluintes, verificamos que foram aqueles com alta renda, que tinham acesso aos locais para a prática de atividade física (até 1000 metros) e que residiam mais próximo das UBS (= 1500 metros) (p < 0,05). No quarto artigo, avaliamos os resultados de efetividade e manutenção do Programa VAMOS, nas variáveis de atividade física, comportamento alimentar, antropometria e qualidade de vida nos usuários participantes da intervenção. Constatamos que houve aumento nos bouts em atividade física moderada e vigorosa (AFMV), no consumo de verduras e legumes, na percepção da qualidade de vida, assim como, redução no consumo de refrigerantes e na circunferência da cintura (p < 0,05). Quanto à manutenção, verificamos que os participantes mantiveram os benefícios alcançados em relação ao aumento nos bouts em AFMV e na redução do consumo de refrigerantes e da medida da circunferência da cintura (p < 0,05). No quinto artigo, verificamos se os benefícios adquiridos na atividade física e alimentação, pelos participantes do Programa VAMOS, estiveram associados à renda e ao acesso aos locais para a prática de atividade física e alimentação saudável. Observamos que os participantes que reduziram o tempo diário gasto em bouts de comportamento sedentário, aumentaram o tempo diário gasto em bouts de AFMV e aumentaram a frequência do consumo semanal de frutas, verduras e legumes tinham acesso facilitado a locais para a prática de atividade física e alimentação saudável (= 500 metros da residência) (p < 0,05). A renda do local em que os participantes estavam inseridos não influenciou na mudança de comportamento (p > 0,05). Concluímos que este estudo, além de apresentar aspectos fundamentais relacionados à implementação de uma intervenção no âmbito da APS ? Programa VAMOS, alerta para a influência da renda e do ambiente construído nos níveis de alcance da população e na adesão e manutenção para um estilo de vida saudável. Estas evidências merecem importância no planejamento e oferta de intervenções propostas na saúde pública como também em outros espaços. |
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dc.description.abstract |
Abstract: This study aimed to assess the impact of the implementation of the Program ?Active Life Improving Health - VAMOS?, version 2.0, in the Primary Health Care (PHC) of the city of Florianópolis, state of Santa Catarina, Brazil, considering (local) income and the built environment (access to places for physical activity practice and healthy eating). We carried out a pragmatic study with mixed methods based on the RE-AIM framework. The VAMOS Program, version 2.0, was implemented in PHC between 2016 and 2019 and its intervention was conducted by trained and certified Physical Education professionals. The sample consisted of health professionals (intervention multipliers, managers and other PHC professionals) (n = 33) and PHC users (n = 317), and data collection was composed of interviews, focus groups and objective measures (accelerometry and anthropometry). To test the associations of income and built environment, we used secondary data (demographic census, telephone survey, the Florianópolis street network, and a mapping of the public leisure spaces and food stores of Florianópolis). In addition, we performed three types of analysis: qualitative (NVivo 12), quantitative (SPSS 22) and geospatial (ArcGIS 10.5). The results are presented in five articles. In the first one, we described the design and intervention method of the VAMOS Program, implemented in PHC. The intervention is targeted at users of the Brazilian PHC and aims to motivate them to adopt an active and healthy lifestyle by means of physical activity and eating habits. The VAMOS Program follows an intervention design grounded on the dimensions of the RE-AIM framework (Reach, Effectiveness, Adoption, Implementation and Maintenance). In the second article, we analyzed the adoption of the VAMOS Program by Primary Care Units (UBS) and by health professionals who were trained and certified to implement the program. Adoption was 25% among the UBS and 80% among the health professionals. Three themes were related to the adoption process: health professionals? perceptions, implementation challenges and partnerships. We verified that organizational factors related to human and financial resources, as well as infrastructure factors, are challenges that the health professionals face when they implement collective actions in PHC; however, such factors were not inherent in the adoption of the VAMOS Program. In the third article, we investigated the reach of the VAMOS Program among UBS users and the influence of income and of the built environment on levels of participation and retention in the intervention. The reach rates were: recruitment 2.4%; participation 78.6%; and retention 48%. We found that high- and low-income users who had access to places for physical activity practice (up to 1000 meters) and who lived near to (up to 500 meters) or more distant from (= 1,501 meters) the UBS initiated participation in the intervention (p < 0.05). Regarding those who completed the intervention, we found they were high-income users who had access to places for physical activity practice (up to 1,000 meters) and lived closer to the UBS (= 1,500 meters) (p < 0.05). In the fourth article, we evaluated the effectiveness and maintenance outcomes of the VAMOS Program, assessing the variables of physical activity, eating behavior, anthropometry and quality of life in users who participated in the intervention. We found that there was an increase in moderate and vigorous physical activity (MVPA) bouts, consumption of vegetables and perception of quality of life; in addition, there was a decrease in consumption of soda drinks and in the measure of waist circumference (p < 0.05). As for maintenance, we found that the participants maintained the benefits they gained regarding the increase in MVPA bouts and the decrease in soda drink consumption and in the measure of waist circumference (p < 0.05). In the fifth article, we investigated if the benefits gained with physical activity and healthy eating by the participants of the VAMOS Program were associated with income and access to places for physical activity practice and healthy eating. We found that the participants who reduced the daily time spent in sedentary behavior bouts, increased the daily time spent in MVPA bouts, and increased the frequency of weekly consumption of fruits and vegetables had easy access to places for physical activity practice and healthy eating (= 500 meters from the residence) (p < 0.05). The income of the local in which the participants were inserted did not influence behavior change (p > 0.05). We conclude that this study presents fundamental aspects related to the implementation of an intervention in the scope of PHC - VAMOS Program and shows that income and the built environment influence reach rates and the population?s adherence to and maintenance of a healthy lifestyle. This evidence deserves importance in planning and offering proposed interventions in public health as well as in other spaces. |
en |
dc.format.extent |
191 p.| il., tabs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Educação física |
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dc.subject.classification |
Saúde pública |
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dc.subject.classification |
Promoção da saúde |
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dc.subject.classification |
Exercícios físicos |
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dc.subject.classification |
Dieta saudável |
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dc.title |
Programa VAMOS na promoção da atividade física e alimentação saudável na atenção primária à saúde: a influência da renda e do ambiente construído |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Rech, Cassiano Ricardo |
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