dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Hötzel, Maria José |
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dc.contributor.author |
Silva, Rita de Albernaz Gonçalves da |
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dc.date.accessioned |
2021-08-23T14:08:56Z |
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dc.date.available |
2021-08-23T14:08:56Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
372191 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227193 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
Os sistemas de criação intensiva de suínos são fontes de estresse relacionadas com a redução do bem-estar animal e levam ao uso abusivo de antimicrobianos. Evidências científicas associam o uso de antibióticos (AMU) na pecuária intensiva como fator de risco para disseminação de resistência antimicrobiana (AMR) à população humana. O objetivo desta tese foi explorar os conhecimentos e atitudes dos atores da cadeia produtiva de suínos sobre bem-estar animal sobre AMU e AMR. No primeiro capítulo realizamos 58 entrevistas com suinocultores a fim de caracterizar AMU nas granjas de suínos e explorar as atitudes dos produtores sobre cenários restritivos de antibióticos e AMR. Os resultados deste estudo mostraram uma dependência dos antibióticos como ferramentas de prevenção de doenças, em detrimento da adoção de medidas de biossegurança. Identificamos práticas inapropriadas de AMU, como alto uso de antibióticos de amplo espectro e dosagem ou duração do tratamento incorretas, além de acesso irrestrito a antibióticos. Contudo, a maioria dos produtores considerou este AMU legítimo para garantir a produtividade do rebanho e mostrou despreparo e resistência à mudança em suas práticas, percebendo limitações (econômicas, sanitárias e fiscalizadoras) mais facilmente do que alternativas para reduzir o AMU. No segundo capítulo analisamos 44 entrevistas com os mesmos suinocultores, abordando o bem-estar dos suínos e sua relação com a AMU. Identificamos muitos indicadores de manejo e baixo bem-estar animal, como práticas de manejo dolorosas e estressantes e ambientes que limitam a expressão de comportamentos naturais. No entanto, a maioria dos entrevistados estava satisfeita com os padrões de bem-estar animal em suas propriedades. Embora tenham identificado todas as dimensões que impactam o bem-estar de um suíno na granja (funcionamento biológico, estado emocional e naturalidade), sua realidade social, demandas da indústria e assessoria técnica disponíveis os levaram a perceber seu âmbito de ação limitado aos aspectos biológicos e ambientais que não necessariamente beneficiam o estado afetivo da animais. No terceiro capítulo exploramos os conhecimentos e as atitudes de 32 profissionais da cadeia produtiva animal sobre a AMU, AMR e sua relação com o bem-estar animal. Embora a maioria dos profissionais acreditava que a AMU era inadequada em fazendas de suínos, suas atitudes foram majoritarimente negativas para um cenário restritivo de AMU. Os antibióticos foram descritos como um recurso preventivo aceitável frente às condições insatisfatórias de manejo e biosseguridade das granjas e essencial para a produção de alimentos baratos. O mercado externo foi considerado um fator de mudança mais relevante na AMU do que os riscos da AMR para as pessoas ou a pressão dos consumidores brasileiros, visto que a AMR foi mais associada ao uso inadequado de antibióticos saúde humana. De forma geral os resultados dos três estudos evidenciam uma estrutura alicerçada com base nos antibióticos, com pilares sociais, econômicos e sanitários. Identificamos relações de emprego e renda no AMU que levam a baixa motivação ou autonomia para mudanças de comportamento em relação a AMU em suínos. A visão limitada de que o bem-estar animal faz parte de um pacote tecnológico foi compartilhada entre os grupos participantes de todos os estudos. Acreditamos que a responsabilidade pelo uso racional de antibióticos é coletiva e requer políticas coletivas multidisciplinares, definidas de forma clara e uníssona e que conduzam a ações concretas de combate à AMR no Brasil. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Intensive pig rearing systems are a source of stress related to the reduction of animal welfare and the abusive use of antibiotics. Scientific evidence associates the use of antibiotics (AMU) in intensive livestock farming as a risk factor for the spread of antibiotics resistance (AMR) to the human population. The aim of this thesis was to explore the knowledge and attitudes of social actors in the pig production chain about animal welfare on AMU and AMR. In the first chapter we conducted 58 interviews with pig farmers in order to characterize AMU on pig farms and explore producers' attitudes about restrictive AMU scenarios and AMR. The results of this study showed a dependence on antibiotics as disease prevention tools, to the detriment of the adoption of biosecurity measures. We identified inappropriate AMU practices, such as high use of broad-spectrum antibiotics and incorrect dosage or duration of treatment, and unrestricted access to antibiotics. However, most farmers considered this AMU legitimate to ensure the productivity of the herd and showed unpreparedness and resistance to change in their practices, perceiving limitations (economic, sanitary and inspection) more easily than alternatives to reduce AMU. In the second chapter we analysed 44 interviews with the same pig farmers, addressing the welfare of pigs and their relationship with AMU. We identified many indicators of management and poor animal welfare, such as painful and stressful management practices and environments that limit the expression of natural behaviours. However, most farmers were satisfied with the animal welfare standards on their farmers. Although they identified all the dimensions that impact the welfare of a pig on the farm (biological functioning, emotional state and naturalness), their social reality, industry demands and available technical advice led them to perceive their scope of action limited to biological and environmental aspects that do not necessarily benefit the affective state of the animals. In the third chapter, we explored the knowledge and attitudes of 32 professionals in the animal production chain about the AMU, AMR, and their relationship with pig welfare. Although most professionals believed that AMU was inadequate on pig farms, their attitudes were mostly negative towards a restrictive AMU scenario. Antibiotics were described as an acceptable preventive tool in the face of unsatisfactory management and biosecurity conditions on farms and essential to produce cheap food. The external market was considered a more relevant driver of change in AMU than the risks of AMR for people or the pressure of Brazilian consumers, as AMR was more associated with the inappropriate use of antibiotics in human health. In general, the results of the three studies show a structure based on antibiotics, with social, economic and health pillars. We identified employment and income relationships in the AMU that lead to low motivation or autonomy to change behaviour in relation to AMU in pigs. The limited view that animal welfare is part of a technology package was shared among groups participating in all studies. We believe that the responsibility for prudent AMU is collective and requires multidisciplinary policies, defined in a clear and unified manner and that lead to concrete actions to combat AMR in Brazil. |
en |
dc.format.extent |
156 p.| il., tabs. |
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dc.language.iso |
eng |
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dc.subject.classification |
Agricultura |
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dc.subject.classification |
Suínos |
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dc.subject.classification |
Suínos |
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dc.subject.classification |
Animais |
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dc.subject.classification |
Antibióticos |
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dc.title |
Pigs are ok, why change? : voices of pig production stakeholders in relation to animal welfare and antibiotics use |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Olmos Antillón, Gabriela |
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