Acidente vascular encefálico isquêmico: características e evolução do nível de ingestão oral de alimento

Abstract

Objetivo: analisar o nível de ingestão oral e sua evolução em lesões de tronco encefálico e cerebelo, e verificar se há relação de gravidade comparando esses dois grupos.Metodologia:o estudo apresenta caráter transversal com análise secundária do Banco de Dados do Departamento de Neurologia e do Setor de Fonoaudiologia do Hospital Governador Celso Ramos.Como critérios de inclusão foram considerados: maior de 18 anos com exame de imagem de crânio confirmando acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) de cerebelo e/ou AVEi de tronco encefálico no período de 2012 a 2017.Foram excluídos da amostra os pacientes com AVE hemorrágico,prévio, concomitante e/ou com etiologia além do Cerebelo e Tronco Encefálico, com outras doenças neurológicas e doenças respiratórias.A performance de ingestão de via oral foi verificada através da Functional Oral Intake Scale (FOIS) e analisada de forma comparativa entre os dois grupos.Resultados:Foram encontrados menores valores de FOIS de entrada em ambos os grupos com acompanhamento fonoaudiológico, sendo verificado também neste grupo uma melhor evolução em relação ao nível de ingestão oral no AVEi de cerebelo.Conclusão:AVEi de cerebelo e de tronco encefálico causam prejuízos no nível de ingestão oral de alimentos de forma parecidas. Entretanto, o AVEi com lesão no tronco encefálico manifesta uma pior evolução em relação ao nível de ingestão oral diante de atendimento fonoaudiológico.É importante ressaltar a necessidade da continuidade de estudos sobre o tema com o objetivo de aprimorar o conhecimento sobre o impacto do cerebelo na deglutição