Inovação, Emprego e Indústria 4.0

Abstract

Com o surgimento de novas tecnologias e das inovações, surgem também no mercado de trabalho preocupações relativas à substituição do fator de produção trabalho humano por algum tipo de força tecnológica. A busca de respostas para tais problemáticas é motivo de diversos estudos econômicos desde as revoluções industriais. Atualmente vivemos em uma nova revolução industrial (RI 4.0), caracterizada por integrar o mundo físico, digital e biológico, pela velocidade com a qual vem se inserindo na economia e também pela sua amplitude. Entendendo esse novo fenômeno – e buscando conhecer suas consequências para o mercado de trabalho –, este estudo busca realizar análises descritivas dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), tanto em sua versão mais antiga, referente aos períodos de 1999 e 2009, quanto em sua versão atual para o ano de 2019, levando em consideração as diferenças metodológicas entre ambas. O trabalho tem como objetivo geral, analisar os efeitos das inovações tecnológicas sobre o campo do emprego na indústria de transformação brasileira no contexto da I4.0. A metodologia deste trabalho tem inicio com o levantamento de dados históricos e recentes sobre aos avanços das tecnologias e das inovações na economia mundial, especialmente no mercado de trabalho brasileiro. Após o levantamento desses documentos e arquivos, foram importados dados das PNADS através do IBGE que atendem o objetivo desta pesquisa, como também filtrado as variáveis de interesses. As análises são concentradas nos trabalhadores que têm entre 18 e 65 anos e ocupam empregos na indústria da transformação brasileira. Por fim, com a finalidade de analisar as proporções, é realizada a comparação entre ocupações de engenheiros e não engenheiros, os quais são profissionais altamente demandados pela indústria da transformação. Os resultados demonstram que há uma redução nos números de engenheiros nessa indústria, como também no número total de ocupações de engenheiros e não engenheiros.