O conflito sírio como reflexo do caráter realista defensivo da política externa russa pós-soviética.

Abstract

O presente trabalho faz uso do método científico hipotético dedutivo e possui como arcabouço teórico: a abordagem realista defensiva, através da qual há o intuito de se demonstrar que, ao contrário do que se faz crer no Ocidente, a política externa russa pós-soviética é previsível, racional e impulsionada por fatores sistêmicos, e não por quem é o presidente da vez. A intervenção russa na Síria é utilizada como exemplo desse caráter realista defensivo, pró status quo, dessa política. Ademais, ressalta-se que dado o status russo de grande potência em um mundo progressivamente mais multipolar, não é possível discutir sobre paz e segurança no Oriente Médio ou algures, à revelia de Moscou

This research aims to dismiss the common western perception on Russian Foreign Policy and explained it through the lenses of defensive realism, which allows one to conclude that it is rational, pragmatic, predictable and driven by systemic factors, therefore not by whom is the president. The Russian Response to Syrian Crisis is used to illustrate this pro status quo approach. Furthermore, it worth pointing out that given Russian status as great power in a progressively multipolar world there’s no way to talk about peace and security in the Middle East or elsewhere without Russia’s active participation